João de Deus vai se entregar, mas data ainda não foi definida, diz defesa
Após a Justiça determinar a prisão do médium, denunciado por abuso sexual, o advogado dele disse que vai entrar com de habeas corpus contra decisão
Agência Brasil
Publicado em 14 de dezembro de 2018 às 19h51.
Após a Justiça de Goiás determinar, nesta sexta-feira, 14, a prisão do médium João Teixeira de Faria, conhecido como João de Deus , denunciado por abuso sexual, o advogado dele, Alberto Toron, disse que vai entrar com pedido de habeas corpus contra a decisão, que considerou "ilegal e injusta". "A impetração do habeas corpus não exclui a apresentação do senhor João de Deus", afirmou Toron.
O advogado acrescentou que ainda não definiu quando o médium deve se apresentar às autoridades. "Só agora tive acesso à decisão do juiz que impôs a prisão preventiva contra o sr. João de Deus. Observo que apenas alguns depoimentos, de poucas vítimas, acompanham o pedido de prisão preventiva, ainda assim, sem os seus nomes."
O advogado Thales José Jayme, também envolvido no caso, confirmou que João Teixeira de Faria vai se apresentar às autoridades, mas disse que isso não deve ocorrer nesta sexta-feira. "Ele vai se apresentar, ele precisa se apresentar, não há outro caminho que não seja esse, e eu falei com alguns familiares que estão em Anápolis ( Goiás ) para ver a possibilidade dele se apresentar, mas não seria hoje - isso eu posso te adiantar com toda a certeza."
Um terceiro advogado envolvido no caso, Hélio Braga Junior, disse que ainda não teve acesso aos autos do processo e informou que a defesa deve alegar problemas de saúde e idade avançada para evitar a prisão de João de Deus.
Nenhum dos três advogados informou onde o médium está neste momento.
As denúncias contra João de Deus começaram a vir a público na última sexta-feira (7) quando o programa Conversa com Bial, da TV Globo, divulgou as primeiras denúncias de abuso sexual. A partir daí, outras mulheres que afirmam ser vítimas do médium começaram a procurar as autoridades e a imprensa.