Rodrigo Janot, procurador-geral da República, afirma que o Estado não pode ser responsabilizado pela ausência de legislação contra a homofobia (Fellipe Sampaio/SCO/STF/Fotos Públicas)
Da Redação
Publicado em 25 de junho de 2015 às 09h04.
Brasília - O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, encaminhou ao Supremo Tribunal Federal (STF) um parecer no qual diz que o tribunal não pode impor ao Congresso Nacional "prazo peremptório para finalizar" o projeto de lei sobre criminalização da homofobia no País.
Para ele, isso não é possível mesmo que o parlamento tenha ultrapassado "qualquer lapso aceitável de tramitação".
Ele escreveu ainda que o Estado não pode ser responsabilizado pela ausência de legislação contra a homofobia. "Não cabe ao Supremo Tribunal Federal, em controle concentrado de constitucionalidade, condenar o Estado brasileiro a indenizar vítimas desse tipo de conduta, por mais reprovável que seja."
Janot voltou a defender que a homofobia e a transfobia sejam classificadas como crime de racismo. O parecer foi dado em ação proposta pelo PPS na qual o partido pede que o STF declare a omissão do Congresso por não ter votado a homofobia. O caso chegou ao Supremo em 2013. O relator é o ministro Celso de Mello.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.