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Janot identifica 4 núcleos em esquema da Petrobras

Segundo Janot, o "esquema criminoso" contava com a participação regular de integrantes de pelo menos três partidos, PP, PT e PMDB


	Segundo Janot, o "esquema criminoso" contava com a participação regular de integrantes de pelo menos três partidos, PP, PT e PMDB
 (Agência Brasil/Fotos Públicas)

Segundo Janot, o "esquema criminoso" contava com a participação regular de integrantes de pelo menos três partidos, PP, PT e PMDB (Agência Brasil/Fotos Públicas)

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Da Redação

Publicado em 8 de março de 2015 às 11h15.

Curitiba e São Paulo - A Procuradoria-Geral da República identificou uma estrutura de quatro núcleos no esquema de corrupção na Petrobras - político, administrativo, econômico e financeiro. Segundo Rodrigo Janot, chefe do Ministério Público, o "esquema criminoso" contava com a participação regular de integrantes de pelo menos três partidos, PP, PT e PMDB.

O procurador anotou que diretores da estatal pagavam mesada a deputados para terem apoio político e permanecerem em seus cargos por longo período. A base da investigação que tem 34 parlamentares como alvo, autorizada na sexta-feira pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Teori Zavascki, são os depoimentos do doleiro Alberto Youssef e do ex-diretor da estatal Paulo Roberto Costa, delatores da Operação Lava Jato.

A dupla atuou nos contratos firmados pela Diretoria de Abastecimento e revelou que integrantes de partidos (núcleo político) indicavam os diretores da estatal (núcleo administrativo), que se valiam dos cargos para contratar empreiteiras previamente escolhidas em um cartel (núcleo econômico).

Esses diretores pagavam mensalmente, a título de propina, cerca de 3% do valor dos contratos aos integrantes dos partidos que participavam do esquema, aos agentes públicos e aos operadores financeiros. Estes ficavam em média com 20% da propina paga.

O pagamento era feito diretamente pelas empreiteiras aos agentes políticos ou por meio dos operadores (núcleo financeiro). Esse esquema funcionou, segundo os colaboradores, pelo menos de 2004 a 2012. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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