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Janot diz que STF deve rejeitar pedido de Dilma contra Moro

Em parecer enviado ao STF, Janot se manifesta contrário ao pedido feito pela presidente Dilma de anular decisão de Moro de divulgar conversas com Lula

Rodrigo Janot: Janot recomenda ao STF "a negativa de seguimento à reclamação, e caso assim não entenda, pela total improcedência do pedido nela veiculado" (Fellipe Sampaio/SCO/STF/Fotos Públicas)
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Da Redação

Publicado em 25 de maio de 2016 às 19h27.

Brasília - Em parecer enviado ao Supremo Tribunal Federal ( STF ), o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, se manifesta contrário ao pedido feito pela presidente afastada Dilma Rousseff de anular a decisão do juiz federal Sérgio Moro, que autorizou a divulgação de conversas telefônicas entre ela e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva .

Na reclamação, protocolada no STF em março após as gravações virem a público, a Advocacia-Geral da União argumentava que Moro havia usurpado a competência do Supremo, pois, ao constatar a presença de conversas de autoridade com prerrogativa de foro, como é o caso de Dilma, ele deveria ter encaminhado os telefonemas interceptados para a avaliação da Corte.

Esse, no entanto, não é o entendimento de Janot, que recomenda ao STF "a negativa de seguimento à reclamação, e caso assim não entenda, pela total improcedência do pedido nela veiculado".

"Mesmo admitindo eventual irregularidade no levantamento do sigilo (e não se faz qualquer juízo de mérito nessa parte), o fato é que esse elemento, por si só, igualmente não caracteriza violação de competência criminal do Supremo Tribunal Federal", diz o parecer da PGR.

Apesar da manifestação contrária de Janot, caberá ao Supremo decidir o que fazer diante do pleito de Dilma. O relator da ação é ministro Teori Zavascki, responsável pela Lava Jato na Corte.

Na reclamação, a AGU afirmava que a decisão de divulgar as conversas entre Dilma e Lula não poderia ter sido tomada por um juiz de primeira instância e argumentava que a decisão havia colocado em risco a "soberania nacional'

O teor da gravação fez com que a posse de Lula na Casa Civil fosse questionada no Supremo, o que resultou na proibição do ex-presidente em assumir o cargo.

Foi com base nesta reclamação que Teori determinou, em decisão liminar referendada pelo plenário, que Moro enviasse ao STF as investigações que envolvessem Lula. A alegação era que durante o curso da apuração contra Lula autoridades com foro foram implicadas.

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Na reclamação, protocolada no STF em março após as gravações virem a público, a Advocacia-Geral da União argumentava que Moro havia usurpado a competência do Supremo, pois, ao constatar a presença de conversas de autoridade com prerrogativa de foro, como é o caso de Dilma, ele deveria ter encaminhado os telefonemas interceptados para a avaliação da Corte.

Esse, no entanto, não é o entendimento de Janot, que recomenda ao STF "a negativa de seguimento à reclamação, e caso assim não entenda, pela total improcedência do pedido nela veiculado".

"Mesmo admitindo eventual irregularidade no levantamento do sigilo (e não se faz qualquer juízo de mérito nessa parte), o fato é que esse elemento, por si só, igualmente não caracteriza violação de competência criminal do Supremo Tribunal Federal", diz o parecer da PGR.

Apesar da manifestação contrária de Janot, caberá ao Supremo decidir o que fazer diante do pleito de Dilma. O relator da ação é ministro Teori Zavascki, responsável pela Lava Jato na Corte.

Na reclamação, a AGU afirmava que a decisão de divulgar as conversas entre Dilma e Lula não poderia ter sido tomada por um juiz de primeira instância e argumentava que a decisão havia colocado em risco a "soberania nacional'

O teor da gravação fez com que a posse de Lula na Casa Civil fosse questionada no Supremo, o que resultou na proibição do ex-presidente em assumir o cargo.

Foi com base nesta reclamação que Teori determinou, em decisão liminar referendada pelo plenário, que Moro enviasse ao STF as investigações que envolvessem Lula. A alegação era que durante o curso da apuração contra Lula autoridades com foro foram implicadas.

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