Brasil

Janot defende a volta de ex-diretor da Petrobras à prisão

Rodrigo Janot nviou ao STF parecer favorável à nova prisão do ex-diretor da Petrobras Renato Duque, preso na Operação Lava Jato, mas solto por meio de liminar


	O procurador-geral da República, Rodrigo Janot: Janot afirma que existe o risco de Duque fugir do país para escapar do julgamento
 (Fellipe Sampaio/SCO/STF/Fotos Públicas)

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot: Janot afirma que existe o risco de Duque fugir do país para escapar do julgamento (Fellipe Sampaio/SCO/STF/Fotos Públicas)

DR

Da Redação

Publicado em 30 de janeiro de 2015 às 20h16.

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, enviou hoje (30) ao Supremo Tribunal Federal (STF) parecer favorável à nova prisão do ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque.

Em novembro do ano passado, Duque foi preso na sétima fase da Operação Lava Jato, mas foi solto por meio de uma liminar concedida pelo ministro Teori Zavascki.

No parecer, que será analisado no julgamento do mérito da decisão, Janot afirma que existe o risco de Duque fugir do país para escapar do julgamento.

"Parece claro que o paciente tem inúmeras possiblidades (notadamente financeiras, a partir de dezenas de milhões de reais angariados por práticas criminosas) de se evadir por inúmeros meios e sem o mínimo controle seguro, especialmente se consideradas as continentais e incontroladas fronteiras brasileiras", justificou Janot”.

Em despacho assinado ano passado, o juiz federal Sérgio Moro, responsável pelas investigações da Lava Jato, afirmou que Duque mantém “verdadeira fortuna no exterior”, razão pela qual o ex-diretor deveria ficar preso. A defesa de Renato Duque nega as acusações.

No parecer, o procurador também defende a competência de Moro para relatar os processos da investigação da Lava Jato.

A relatoria de Moro é questionada pela defesa dos investigados, cuja alegação é que a investigação deve ser conduzida pelo Supremo, tendo em vista a presença de parlamentares citados nos depoimentos de delação premiada do ex-diretor de Abastecimento Paulo Roberto Costa e do doleiro Alberto Youssef.

"Ao contrário do alegado, o STF, em 10 de junho de 2014, decisão da Segunda Turma, de forma unânime, reafirmou que o Juízo de Curitiba não havia violado nenhuma regra de competência, de modo que a pretensão de deslocamento. de competência para o STF foi rechaçada", argumenta o procurador.

Acompanhe tudo sobre:Capitalização da PetrobrasCorrupçãoEmpresasEmpresas abertasEmpresas brasileirasEmpresas estataisEscândalosEstatais brasileirasFraudesGás e combustíveisIndústria do petróleoOperação Lava JatoPetrobrasPetróleoSupremo Tribunal Federal (STF)

Mais de Brasil

Guarulhos e Galeão têm atrasos causados por efeitos do apagão cibernético global

BNDES anuncia financiamento de R$ 4,5 bi de 32 jatos da Embraer à American Airlines

STF diz que foi afetado por apagão global, mas que principais serviços já foram restabelecidos

Mais na Exame