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Janot diz ser especulação a suspeita de que MP vazou delação

A informação de que Pinheiro teria citado Toffoli nas negociações de delação foi divulgada no fim de semana pela revista Veja

Rodrigo Janot: na segunda-feira, Janot anunciou que encerrou as negociações com o ex-presidente da OAS para um acordo de delação (José Cruz/Agência Brasil/Fotos Públicas)
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Da Redação

Publicado em 23 de agosto de 2016 às 21h08.

São Paulo - O procurador-geral da República, Rodrigo Janot , classificou de especulação e nesta terça-feira os rumores de que o Ministério Público vazou dados das negociações de delação premiada do ex-presidente da OAS José Aldemário Pinheiro Filho, conhecido como Léo Pinheiro, e negou que o ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), tenha sido citado.

A informação de que Pinheiro teria citado Toffoli nas negociações de delação foi divulgada no fim de semana pela revista Veja.

Na segunda-feira, a Procuradoria-Geral da República anunciou que encerrou as negociações com o ex-presidente da OAS que visavam a um acordo de delação no âmbito da Lava Jato.

"Esse meio de comunicação diz ter havido um anexo, que é o nome que se dá às informações escritas dadas pelos colaboradores, ao Ministério Público envolvendo um alto magistrado da República. E a especulação vem que teria havido vazamento sobre essa informação", disse Janot durante sessão do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), em Brasília, nesta terça.

"O que eu posso afirmar peremptoriamente é que esse fato não foi trazido ao conhecimento do Ministério Público. Este pretenso anexo jamais ingressou em qualquer dependência do Ministério Público. Portanto de vazamento não se trata", disse.

"Reafirmo que não houve nas pretensas negociações de colaboração com essa empreiteira nenhuma referência, nenhum anexo, nenhum fato enviado ao Ministério Público que envolvesse essa alta autoridade judiciária", reiterou.

Janot defendeu o que chamou de atuação autônoma e independente do Ministério Público, rejeitou críticas de que há concentração de poderes nas investigações da Lava Jato e afastou a possibilidade de o episódio envolvendo a suposta citação a Toffoli ter criado uma crise entre o MP e o STF.

"Eu acredito que, em tese, nenhuma atuação autônoma e independente do Ministério Público possa gerar qualquer tipo de crise entre órgãos de controle ou entre órgãos e Poderes constituídos do Estado", disse Janot, que também rejeitou a ideia de que os procuradores estejam escolhendo um lado para investigar.

"Estamos desagradando os dois lados (na Lava Jato). Na minha visão, isso é um sinal positivo. Caminhamos bem", defendeu.

Falando em tom firme, quase irritado, Janot classificou o episódio envolvendo a suposta citação a Toffoli de "estelionato delacional" e disse que o MP tem "couro grosso" e não é suscetível a pressões.

"Na minha humilde opinião, trata-se de um quase estelionato delacional, em que inventa-se um fato, divulga-se o fato, para que haja pressão ao órgão do Ministério Público para assentar desta ou daquela maneira eventual acordo de colaboração", afirmou.

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São Paulo - O procurador-geral da República, Rodrigo Janot , classificou de especulação e nesta terça-feira os rumores de que o Ministério Público vazou dados das negociações de delação premiada do ex-presidente da OAS José Aldemário Pinheiro Filho, conhecido como Léo Pinheiro, e negou que o ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), tenha sido citado.

A informação de que Pinheiro teria citado Toffoli nas negociações de delação foi divulgada no fim de semana pela revista Veja.

Na segunda-feira, a Procuradoria-Geral da República anunciou que encerrou as negociações com o ex-presidente da OAS que visavam a um acordo de delação no âmbito da Lava Jato.

"Esse meio de comunicação diz ter havido um anexo, que é o nome que se dá às informações escritas dadas pelos colaboradores, ao Ministério Público envolvendo um alto magistrado da República. E a especulação vem que teria havido vazamento sobre essa informação", disse Janot durante sessão do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), em Brasília, nesta terça.

"O que eu posso afirmar peremptoriamente é que esse fato não foi trazido ao conhecimento do Ministério Público. Este pretenso anexo jamais ingressou em qualquer dependência do Ministério Público. Portanto de vazamento não se trata", disse.

"Reafirmo que não houve nas pretensas negociações de colaboração com essa empreiteira nenhuma referência, nenhum anexo, nenhum fato enviado ao Ministério Público que envolvesse essa alta autoridade judiciária", reiterou.

Janot defendeu o que chamou de atuação autônoma e independente do Ministério Público, rejeitou críticas de que há concentração de poderes nas investigações da Lava Jato e afastou a possibilidade de o episódio envolvendo a suposta citação a Toffoli ter criado uma crise entre o MP e o STF.

"Eu acredito que, em tese, nenhuma atuação autônoma e independente do Ministério Público possa gerar qualquer tipo de crise entre órgãos de controle ou entre órgãos e Poderes constituídos do Estado", disse Janot, que também rejeitou a ideia de que os procuradores estejam escolhendo um lado para investigar.

"Estamos desagradando os dois lados (na Lava Jato). Na minha visão, isso é um sinal positivo. Caminhamos bem", defendeu.

Falando em tom firme, quase irritado, Janot classificou o episódio envolvendo a suposta citação a Toffoli de "estelionato delacional" e disse que o MP tem "couro grosso" e não é suscetível a pressões.

"Na minha humilde opinião, trata-se de um quase estelionato delacional, em que inventa-se um fato, divulga-se o fato, para que haja pressão ao órgão do Ministério Público para assentar desta ou daquela maneira eventual acordo de colaboração", afirmou.

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