Itamaraty espera regularizar rapidamente repasses
O Itamaraty depende de um crédito orçamentário que já foi aprovado pelo Congresso em setembro, mas cuja liberação ainda não foi assinada pela presidente Dilma
Da Redação
Publicado em 31 de outubro de 2014 às 15h19.
Brasília - O ministro das Relações Exteriores, Luiz Alberto Figueiredo, admitiu hoje que o governo federal atrasou o repasse dos recursos para pagamento de aluguel dos servidores lotados no exterior, mas afirmou que "espera muito rapidamente regularizar a situação".
O atraso da parcela de setembro completa hoje 30 dias. O pagamento referente a outubro, que deveria ser feito nos próximos dias, também pode atrasar.
O Itamaraty depende de um crédito orçamentário que já foi aprovado pelo Congresso em setembro, mas cuja liberação ainda não foi assinada pela presidente Dilma Rousseff, como informou o jornal O Estado de S. Paulo.
O orçamento anual do ministério terminou em setembro, o que tem dificultado a administração dos pagamentos para o pessoal lotado no exterior.
Figueiredo, no entanto, nega que embaixadas, consulados e representações brasileiras estejam com dificuldades de pagar suas contas.
"Esse é o único atraso que houve. Não é esse quadro sombrio. Ao longo dos anos já teve tantos atrasos, já aconteceu antes. Não é bom acontecer, mas espero regularizar rapidamente", disse.
Figueiredo afirma que muitas situações apontadas como sinais de penúria no Itamaraty são apenas decisões para melhorar a gestão do gasto público, como a de evitar deixar luzes e ar condicionados ligados, rever pagamentos excessivos de passagens ou a decisão de cancelar uma licitação de R$ 400 mil para comprar flores a serem usadas em almoços e jantares - hoje as mesas são decoradas com frutas do próprio bufê.
"O respeito ao dinheiro público não pode ser visto como uma falta de recursos. É boa gestão", disse, explicando que prefere trocar esses gastos desnecessários por investimentos em ações de política externa.
Apesar das boas decisões de economia, o orçamento do Itamaraty este ano foi, inegavelmente, reduzido.
Em 2014, foi de R$ 1 bilhão, a metade do valor de 2013, e ainda teve um contingenciamento de R$ 200 milhões em março.
Servidores no exterior confirmam que, além do atraso no reembolso dos alugueis, a ordem é economizar o máximo possível.
Já há alguns meses o Tesouro vinha atrasando o repasse mensal chamado duodécimo, usado para pagar as despesas correntes.
Todos os meses, os recursos eram repassados no último dia possível. Como o Itamaraty precisa trocar os reais por dólares antes de distribuir para os postos no exterior, o dinheiro já estava chegando com atraso.
A falta de fluxo regular tem obrigado embaixadores a fazerem malabarismos para pagar as contas, usando sobras de meses anteriores.
Brasília - O ministro das Relações Exteriores, Luiz Alberto Figueiredo, admitiu hoje que o governo federal atrasou o repasse dos recursos para pagamento de aluguel dos servidores lotados no exterior, mas afirmou que "espera muito rapidamente regularizar a situação".
O atraso da parcela de setembro completa hoje 30 dias. O pagamento referente a outubro, que deveria ser feito nos próximos dias, também pode atrasar.
O Itamaraty depende de um crédito orçamentário que já foi aprovado pelo Congresso em setembro, mas cuja liberação ainda não foi assinada pela presidente Dilma Rousseff, como informou o jornal O Estado de S. Paulo.
O orçamento anual do ministério terminou em setembro, o que tem dificultado a administração dos pagamentos para o pessoal lotado no exterior.
Figueiredo, no entanto, nega que embaixadas, consulados e representações brasileiras estejam com dificuldades de pagar suas contas.
"Esse é o único atraso que houve. Não é esse quadro sombrio. Ao longo dos anos já teve tantos atrasos, já aconteceu antes. Não é bom acontecer, mas espero regularizar rapidamente", disse.
Figueiredo afirma que muitas situações apontadas como sinais de penúria no Itamaraty são apenas decisões para melhorar a gestão do gasto público, como a de evitar deixar luzes e ar condicionados ligados, rever pagamentos excessivos de passagens ou a decisão de cancelar uma licitação de R$ 400 mil para comprar flores a serem usadas em almoços e jantares - hoje as mesas são decoradas com frutas do próprio bufê.
"O respeito ao dinheiro público não pode ser visto como uma falta de recursos. É boa gestão", disse, explicando que prefere trocar esses gastos desnecessários por investimentos em ações de política externa.
Apesar das boas decisões de economia, o orçamento do Itamaraty este ano foi, inegavelmente, reduzido.
Em 2014, foi de R$ 1 bilhão, a metade do valor de 2013, e ainda teve um contingenciamento de R$ 200 milhões em março.
Servidores no exterior confirmam que, além do atraso no reembolso dos alugueis, a ordem é economizar o máximo possível.
Já há alguns meses o Tesouro vinha atrasando o repasse mensal chamado duodécimo, usado para pagar as despesas correntes.
Todos os meses, os recursos eram repassados no último dia possível. Como o Itamaraty precisa trocar os reais por dólares antes de distribuir para os postos no exterior, o dinheiro já estava chegando com atraso.
A falta de fluxo regular tem obrigado embaixadores a fazerem malabarismos para pagar as contas, usando sobras de meses anteriores.