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“Italiano” era Palocci; Alckmin quer 2018…

Odebrecht no TSE Na tarde desta segunda-feira 6, três ex-diretores da Odebrecht foram ao Tribunal Superior Eleitoral, em Brasília, prestar depoimento na ação que pede a cassação da chapa Dilma-Temer. Alexandrino de Alencar, Cláudio Melo Filho (ambos ex-diretores de relações institucionais da empresa) e Hilberto Mascarenhas (do setor de propinas) chegaram à Corte por volta […]

Palocci contratou o advogado Adriano Bretas, defensor de outros alvos da Lava Jato que escolheram a delação como atalho para deixar a prisão / Rodolfo Buhrer/ Reuters

Palocci contratou o advogado Adriano Bretas, defensor de outros alvos da Lava Jato que escolheram a delação como atalho para deixar a prisão / Rodolfo Buhrer/ Reuters

DR

Da Redação

Publicado em 6 de março de 2017 às 18h58.

Última atualização em 23 de junho de 2017 às 19h28.

Odebrecht no TSE

Na tarde desta segunda-feira 6, três ex-diretores da Odebrecht foram ao Tribunal Superior Eleitoral, em Brasília, prestar depoimento na ação que pede a cassação da chapa Dilma-Temer. Alexandrino de Alencar, Cláudio Melo Filho (ambos ex-diretores de relações institucionais da empresa) e Hilberto Mascarenhas (do setor de propinas) chegaram à Corte por volta das 17 horas, convocados pelo relator Herman Benjamin para esclarecer a origem do dinheiro de doações eleitorais da empreiteira à campanha de 2014. Depuseram na ação Benedicto Junior, ex-presidente da Odebrecht Infraestrutura, e Fernando Reis, ex-presidente da Odebrecht Ambiental, além do ex-presidente Marcelo Odebrecht. Todos reconheceram pagamento de recursos via caixa dois à chapa, o que deve gerar um relatório favorável à cassação.

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Padilha segue afastado

O ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha (PMDB), prorrogou nesta segunda-feira sua licença médica em uma semana. A data prevista de retorno após uma cirurgia de retirada da próstata era hoje, mas o ministro ainda não teve alta, de acordo com boletim médico divulgado pelo hospital Moinhos de Vento. Padilha está no epicentro da principal crise do governo Temer no momento, ao ser acusado pelo ex-assessor especial José Yunes de ter recebido um suspeito “pacote” de Lúcio Funaro, operador de Eduardo Cunha (PMDB). Segundo investigações em curso, suspeita-se que se trate de dinheiro de propina acertado com a Odebrecht para financiamento de campanhas peemedebistas de 2014. Em virtude da crise, analistas creem que Padilha não volte ao governo, prejudicando a articulação do governo no Congresso e, consequentemente, o calendário de reformas do ajuste fiscal.

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Pegou mal

Depois de polêmica no fim da semana em virtude de uma peça publicitária pró-reforma da Previdência, o PMDB revisou a abordagem do tema e suavizou o discurso. Na imagem postada na semana passada no Facebook, o partido relaciona a não aprovação da reforma ao fim de Bolsa Família, Fies e outros programas sociais, atitude duramente criticada na internet, entendida como “chantagem”. “Se a reforma da Previdência não sair, tchau Bolsa Família, adeus Fies, sem novas estradas, acabam programas sociais”, dizia o texto. Desta vez, a medida foi usada para garantir “ampliação” do Fies e a “retomada” de obras paradas. “A reforma da Previdência vai garantir o futuro do Brasil”, diz a nova peça.

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De jeito nenhum

Apesar da dialética mais suave nas redes sociais do partido, mexer nos pontos da reforma não é hipótese para o governo. O deputado federal Arthur Maia (PPS-BA) afirmou nesta segunda-feira aos jornalistas que “não dá para pensar” em não ter idade mínima de 65 anos fixada no texto final. “De jeito nenhum”, disse. A questão é uma das principais contestações da oposição, que entende o limite como alto demais, em especial para profissões que demandem esforço físico. Outros pontos em discussão são a suavização da regra de transição, de 45 anos para mulheres e 50 anos para homens, e o tempo de contribuição de 49 anos para recebimento de benefício integral ao se aposentar. Nesses pontos, o relator se mostra mais simpático às reclamações da oposição.

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Palocci “Italiano”

Testemunha de defesa de Marcelo Odebrecht, o executivo da empreiteira Fernando Sampaio Barbosa afirmou em depoimento que membros da empresa sabiam que Antonio Palocci era o “Italiano” presente em planilhas e e-mails relacionados ao pagamento de vantagens indevidas por parte da empresa. “A gente sabia que o ‘Italiano’ era o Palocci. Eu sabia, eu tinha sido informado pelo Márcio Faria”, disse Barbosa em audiência ao juiz federal Sergio Moro. Na ação, são investigados os repasses de 128 milhões de reais pagos pela empresa ao PT e aliados em que Palocci seria intermediário. No depoimento, Barbosa negou que 10 milhões de dólares tenham sido pagos a João Santana e Mônica Moura em troca de contratos de sondas com a Petrobras. A defesa de Antonio Palocci voltou a negar que o ex-ministro seja o “Italiano”.

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“Vá prestar concurso”

Durante a audiência, o juiz federal Sergio Moro e o advogado de Palocci, José Roberto Batocchio, trocaram alfinetadas. Ao reclamar de uma pergunta de Moro a Fernando Sampaio Barbosa, Batocchio disse que Moro não poderia “achar nada”, permanecendo sem opinar na condução dos trabalhos. “Não vou aceitar essa violência contra a letra do Código de Processo Penal”. De volta, Moro sugeriu que o advogado prestasse concurso para juiz se quisesse comandar o tribunal. “Quem manda na audiência é o juiz”, disse.

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“Não confirmo nem desminto”

Liso como um sabonete, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) disse nesta segunda-feira que pretende se candidatar à Presidência da República em 2018. Ou algo próximo disso. “Se disser que não pretendo ser [candidato], não é verdadeiro.” O tucano reforçou, porém, que ser postulante ao cargo depende mais da vontade coletiva do que pessoal. “Tudo tem seu tempo”, disse. O prefeito João Doria, de São Paulo, que passou a ser especulado como possível candidato nos bastidores do PSDB, segundo o jornal Folha de S. Paulo, negou que pretenda disputar o Planalto. Doria se disse grato ao “amigo” Alckmin, que é seu favorito para 2018. “No futuro vindouro, não que essa seja a hora e o momento, quero dizer que a posição do João Doria cidadão e eleitor é Geraldo Alckmin candidato à Presidência do Brasil.”

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Assessor morto

O prefeito Marcelo Crivella, do Rio, nomeou na última sexta-feira para assessoria da diretoria de marketing da Riotur um indivíduo que cometeu suicídio no início de fevereiro. O homem se atirou ao mar e nunca foi encontrado. Segundo Christian Cezar, assessor jurídico da Riotur, a nomeação não foi um equívoco, apenas levou tempo demais para sair em virtude da burocracia. “Ocorre que, no momento, não há sequer atestado de óbito porque o corpo está desaparecido. Quando completar 30 dias de ausência ao trabalho, ele será exonerado”, disse Cezar.

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