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Investigadores atuam como justiceiros, diz Collor

O senador voltou a criticar a atuação de Rodrigo Janot na condução das investigações da Lava Jato


	Fernando Collor, PTB de Alagoas: Collor disse que Janot e outros integrantes do Ministério Público atuam como "justiceiros"
 (José Cruz/Agência Senado)

Fernando Collor, PTB de Alagoas: Collor disse que Janot e outros integrantes do Ministério Público atuam como "justiceiros" (José Cruz/Agência Senado)

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Da Redação

Publicado em 23 de março de 2015 às 22h52.

Brasília - O senador Fernando Collor (PTB-AL) voltou a criticar nesta segunda-feira, 23, a atuação do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, na condução das investigações da Operação Lava Jato.

Em discurso no plenário do Senado, Collor disse que Janot e outros integrantes do Ministério Público atuam como "justiceiros".

Ele também acusou o procurador-geral de já ter decidido quem irá denunciar no caso, antes mesmo de as investigações haverem sido concluídas.

Segundo o senador, que foi um dos políticos suspeitos de participação no esquema de corrupção da Petrobras que tiveram inquéritos abertos no Supremo Tribunal Federal (STF), o Ministério Público age como se estivesse no "grande pedestal da moralidade pública e no mais elevado altar da ética institucional".

Ele também afirmou que Janot tem dito a interlocutores que já estão prontas as denúncias que vai apresentar como desdobramento da operação Lava Jato.

"Ou seja - e isto é gravíssimo sob todos os aspectos -, o Procurador-Geral da República, em seus vespertinos devaneios, alardeia as condenações que fará antes de concluídas as investigações oficiais da Polícia Federal e do próprio Ministério Público", disse.

Ele criticou também o fato de o procurador-geral ter posado, no início do mês, segurando um cartaz no qual estava escrito "Janot, você é a esperança do Brasil".

"Vejam bem, o Sr. Janot como salvador da Pátria. Resta saber a que pátria se refere. A pátria do Ministério Público?", disse.

Para o senador, o "empoderamento" que o órgão vem sofrendo nas últimas décadas coloca em risco a "governança do País". "Na prática, mais do que um Poder, esse grupelho quer se tornar um Poder acima dos Poderes", disse.

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