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Investigação da Lava Jato pode atrasar obras das Olimpíadas

Empresas como Camargo Corrêa, Queiroz Galvão e OAS são responsáveis por algumas das principais obras de infraestrutura e de construção ou reforma dos locais


	Olimpíadas: temor é de que as construtoras enfrentem dificuldade em obter crédito nos bancos
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Olimpíadas: temor é de que as construtoras enfrentem dificuldade em obter crédito nos bancos (Reuters)

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Da Redação

Publicado em 24 de dezembro de 2014 às 07h21.

Rio - As empreiteiras investigadas na Operação Lava Jato, que apura o esquema de corrupção na Petrobras, preocupam autoridades e outros organizadores da Olimpíada de 2016.

Com executivos investigados e alguns presos, empresas como Camargo Corrêa, Queiroz Galvão e OAS são responsáveis por algumas das principais obras de infraestrutura e de construção ou reforma dos locais que receberão a competição.

Para os organizadores, o temor é de que as construtoras enfrentem dificuldade em obter crédito nos bancos e, com isso, as obras sofram atrasos ou até interrupção - em casos extremos a Justiça pode decretar bloqueio de conta das empresas, e não apenas dos executivos.

Uma autoridade ouvida pelo Estado diz que o governo federal deve estar preparado para socorrer as empresas que sofrerem mais danos financeiros em decorrência das investigações e pensar em "uma espécie de Proer", em referência ao controverso programa de ajuda a bancos implementado no governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB).

Na visão dessa autoridade, os executivos que tiverem participação comprovada no esquema da Petrobras devem ser punidos, mas é preciso preservar as obras tocadas pelas empresas.

Na prefeitura do Rio, as atenções estão voltadas principalmente para o Parque Deodoro, na zona oeste, onde a maior parte das obras está sob responsabilidade da Queiroz Galvão.

Um forte impacto financeiro na construtora comprometeria seriamente o andamento das obras, que tiveram o processo de licitação mais atrasado por causa das indefinições sobre o contratante.

A grande apreensão no momento é relacionada a como conciliar a realização dos Jogos com o cotidiano da cidade, em especial na área de transporte.

A prefeitura tenta negociar com o Comitê Olímpico Internacional (COI) exigências que considera exageradas.

Uma delas é com os corredores exclusivos para a chamada Família Olímpica (atletas, delegações, autoridades, convidados).

Representantes da prefeitura dizem que, se forem criados todos os corredores pedidos pelo COI, o trânsito na cidade se tornará caótico.

Para amenizar o impacto no trânsito, o prefeito Eduardo Paes (PMDB) vai decretar dois ou três feriados no período dos Jogos e adiar as férias escolares.

No momento em que a presidente Dilma Rousseff monta o ministério do segundo mandato, Paes preferia que Aldo Rebelo (PC do B) ficasse no Ministério do Esporte, mas isso não ocorrerá.

O prefeito não gostaria de ver grandes mudanças no ministério a pouco tempo da realização dos Jogos.

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