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Invasão de reitoria da Unicamp é alvo de protesto

Aproximadamente 50 funcionários protestaram contra a ocupação por estudantes que não concordam com a PM no campus


	Unicamp: polícia entrou após a morte de um aluno, durante uma festa clandestina na universidade
 (Wikimedia Commons)

Unicamp: polícia entrou após a morte de um aluno, durante uma festa clandestina na universidade (Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2013 às 19h04.

Campinas (SP) - Um grupo de aproximadamente 50 funcionários da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), no interior de São Paulo, fez um protesto na tarde desta quarta-feira, 9, contra a ocupação do prédio da reitoria por estudantes que não concordam com a autorização de entrada da Polícia Militar (PM) no câmpus.

O prédio foi ocupado por cerca de 150 alunos da Unicamp na quinta-feira, 3, após a reitoria anunciar que liberaria o policiamento ostensivo dentro do câmpus, como reação à morte do aluno do 2.º ano de mecatrônica Denis Papa Casagrande, de 21 anos. Casagrande levou uma facada e foi espancado por um grupo de punks durante uma festa clandestina dentro da universidade na madrugada do dia 21.

"A ocupação não representa a maioria da comunidade acadêmica", afirmou o professor da engenharia elétrica João Romano, que disse ser favorável à presença da PM no câmpus. O grupo deu um abraço simbólico no prédio da reitoria, após o fim do protesto. Houve troca de acusações entre alunos e os organizadores do protesto contra a ocupação. O Sindicato dos Trabalhadores da Unicamp (STU) divulgou um boletim de apoio aos estudantes que ocuparam a reitoria.

"O STU não é contra a ocupação e está contra a PM no câmpus. Mas nem todos os funcionários pensam assim", admitiu um dos diretores do STU, Antônio Alves Neto. Por volta das 14 horas, um ônibus com alunos da Unicamp seguiu para a capital paulista com o objetivo de para participar da manifestação organizada pelos alunos da Universidade de São Paulo (USP), na Avenida Paulista. Uma nova assembleia está marcada para quinta-feira, ao meio-dia, para decidir se os estudantes permanecem no prédio da reitoria. A Justiça já concedeu reintegração de posse com apoio da PM, mas exigiu que fossem esgotadas as tentativas de negociação pacífica.

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