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Governo deve ampliar concessão de rodovias e ferrovias em 2026, diz ANTT

Em 2025, o Brasil deve alcançar a marca histórica de 15 leilões de concessões de rodovias

Guilherme Sampaio, da ANTT: Temos a garantia de pelo menos quatro projetos ferroviários bem definidos (Eduardo Frazão/Exame)

Guilherme Sampaio, da ANTT: Temos a garantia de pelo menos quatro projetos ferroviários bem definidos (Eduardo Frazão/Exame)

César H. S. Rezende
César H. S. Rezende

Repórter de agro e macroeconomia

Publicado em 2 de dezembro de 2025 às 13h10.

O governo federal deve ampliar, em 2026, o programa de concessão de rodovias e ferrovias do Brasil. A previsão, segundo Guilherme Sampaio, diretor-geral da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), é realizar pelo menos 12 leilões de rodovias no próximo ano.

"Em 2026, vamos trabalhar para realizar pelo menos 12 leilões de rodovias e retomar o programa de concessões. Temos a garantia de pelo menos quatro projetos ferroviários bem definidos" disse Sampaio durante o Fórum Infraestrutura, Cidades e Investimentos, realizado pela EXAME nesta terça-feira, 2.

Em 2025, o Brasil deve alcançar a marca histórica de 15 leilões de concessões de rodovias e um de ferrovia, totalizando R$ 161 bilhões em investimentos e mais de 8.400 quilômetros de estradas contempladas. Desde 2023, já foram realizados 10 leilões.

Segundo o diretor, quatro eixos guiarão o programa de concessões de rodovias e ferrovias no próximo ano, com destaque para os projetos Ferrogrão e Maranhão Oeste.

"O projeto 118, que envolve o Açude no Rio de Janeiro, está em andamento. Estamos nos preparando para realizar o leilão da Ferrogrão, que é muito aguardado pelo mercado. Além disso, concluiremos a licitação da nova concessão da Maranhão Oeste, uma ferrovia estratégica. Paralelamente, faremos o chamamento público para a renovação da concessão da Ferrovia Santa Flávia" afirmou Sampaio.

Ferrogrão e o agro

Com 933 km de extensão, a Ferrogrão prevê ter capacidade de transportar até 52 milhões de toneladas de commodities agrícolas ao ano, interligando os municípios de Sinop, no Mato Grosso, e Itaituba, no Pará. A previsão é de R$ 25 bilhões em investimentos no projeto.

O Ministério dos Transportes afirma que a ferrovia pode evitar um desperdício anual de R$ 7,9 bilhões a partir de ganhos logísticos.

A pasta defende a obra como uma forma de reduzir a dependência da rodovia BR-163 para o escoamento de grãos.

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