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Infraero precisa de aporte para plano de demissão voluntária

Plano visa o equilíbrio das receitas e despesas da Infraero, após a concessão de aeroportos no Rio e em Belo Horizonte para a iniciativa privada

Concessão: Infraero precisará demitir 2,5 mil funcionários, ou 20% de seu efetivo total (foto/Divulgação)
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Da Redação

Publicado em 11 de agosto de 2014 às 14h47.

Rio de Janeiro - A Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária ( Infraero ) discute um plano de demissão voluntária para equilibrar receitas e despesas da autarquia, depois da concessão dos aeroportos internacionais do Rio de Janeiro e de Confins, em Belo Horizonte , à iniciativa privada .

Os dois aeroportos começam a ser administrados pelos consórcios vencedores a partir de amanhã (12) e, com isso, a Infraero precisará demitir 2,5 mil funcionários, ou 20% de seu efetivo total, que é de mais de 12 mil funcionários públicos.

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De acordo com o presidente da empresa, Gustavo do Vale, a estatal gerou lucro de R$ 1 bilhão em 2012, último ano em que operou todos os aeroportos do país, mas perdeu grande parte de sua receita com a privatização de alguns de seus maiores terminais, como Brasília, Rio de Janeiro e Guarulhos.

De acordo com ele, o custo do plano de demissão voluntária está estimado em R$ 750 milhões e, para isso, será preciso aporte de recursos do Fundo Nacional da Aviação Civil (Fnac).

"Já aderiram 1,6 mil funcionários, porque abrimos para todo mundo. Precisamos de mais 900 para equalizar. Ainda não fizemos isso porque não temos recursos", conta ele, afirmando que o pagamento dos 1,6 mil que já manifestaram interesse na demissão voluntária ainda não foi feito porque também depende de aportes. "O PDV está em negociação, mas não é urgente porque esse ano está tudo equilibrado".

Outra saída, aponta Gustavo do Vale, é a estatal ser ressarcida pela navegação aérea, o que injetaria R$ 500 milhões por ano em suas contas.

Hoje, a empresa assume os gastos sem receber por isso, o que era possível quando a empresa era rentável. "Com esse valor, ela poderia arcar com os recursos da navegação aérea. Ou o governo ressarce esses recursos ou permite que se faça o PDV e, em 2016, já estaremos equilibrados".

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