Infrações graves de menores não passam de 26% do total
Levantamento feito por promotor de Justiça mostra que apenas 26% das infrações cometidas por crianças e adolescentes são feitas com violência ou grave ameaça
Da Redação
Publicado em 28 de junho de 2016 às 19h16.
Um levantamento feito pelo promotor de Justiça de São Paulo Eduardo Del Campo mostra que apenas 26% das infrações cometidas por crianças e adolescentes são feitas com violência ou grave ameaça.
O estudo, realizado entre setembro de 2014 e agosto de 2015, é baseado em 1,5 mil entrevistas feitas com crianças e adolescentes infratores na capital paulista.
O levantamento mostra que 61% das infrações não têm violência ou grave ameaça e 13% são feitas com violência média. De acordo com o promotor, 42% das infrações sem violência são atos como a receptação, que têm repercussão social, ou seja, podem causar o aumento de outros crimes.
“Embora o envolvimento de crianças [em atos infracionais] choque, o número dessas ocorrências é muito pequeno, é residual. Um caso choca a opinião pública, principalmente quando tem a morte dessa criança. Mas ele ainda é, felizmente, residual”, disse o promotor.
Segundo o levantamento, 57% das crianças e adolescentes infratores entrevistados estavam estudando.
No entanto, 43%, estavam fora da escola. Desses, a maioria (37%) alegou falta de interesse; 15%, necessidade de trabalhar; e 14%, ausência de vaga.
“A solução é educação. Educação em todos os seus aspectos, educação para cidadania. Educação das famílias, retorno do professor à posição que ele merece. Um país como o Brasil, que faz o que faz com seus mestres, não vai para a frente. Essa é a solução a longo prazo”, destacou o promotor.
Um levantamento feito pelo promotor de Justiça de São Paulo Eduardo Del Campo mostra que apenas 26% das infrações cometidas por crianças e adolescentes são feitas com violência ou grave ameaça.
O estudo, realizado entre setembro de 2014 e agosto de 2015, é baseado em 1,5 mil entrevistas feitas com crianças e adolescentes infratores na capital paulista.
O levantamento mostra que 61% das infrações não têm violência ou grave ameaça e 13% são feitas com violência média. De acordo com o promotor, 42% das infrações sem violência são atos como a receptação, que têm repercussão social, ou seja, podem causar o aumento de outros crimes.
“Embora o envolvimento de crianças [em atos infracionais] choque, o número dessas ocorrências é muito pequeno, é residual. Um caso choca a opinião pública, principalmente quando tem a morte dessa criança. Mas ele ainda é, felizmente, residual”, disse o promotor.
Segundo o levantamento, 57% das crianças e adolescentes infratores entrevistados estavam estudando.
No entanto, 43%, estavam fora da escola. Desses, a maioria (37%) alegou falta de interesse; 15%, necessidade de trabalhar; e 14%, ausência de vaga.
“A solução é educação. Educação em todos os seus aspectos, educação para cidadania. Educação das famílias, retorno do professor à posição que ele merece. Um país como o Brasil, que faz o que faz com seus mestres, não vai para a frente. Essa é a solução a longo prazo”, destacou o promotor.