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Inflação deve passar de 6,5% até agosto, prevê diretor do BC

Carlos Hamilton Araújo acredita que inflação deverá cair a partir de agosto e fechar o ano próxima de 5,6%

A estimativa de 5,6% de inflação do BC é menor do que a do mercado (Divulgação/Banco Central)

A estimativa de 5,6% de inflação do BC é menor do que a do mercado (Divulgação/Banco Central)

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Da Redação

Publicado em 30 de março de 2011 às 16h39.

Brasília – A inflação corrente está em um momento de alta e deve passar dos 6,5% estipulados como teto da meta no início do segundo semestre, em julho ou agosto, disse hoje (30) o diretor de Política Econômica do Banco Central, Carlos Hamilton Araújo, ao comentar o Relatório Trimestral de Inflação, referente aos três primeiros meses do ano.

Ele acredita, porém, que a partir de então haverá um recuo significativo da inflação, de modo a que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) feche o ano em torno de 5,6%. “A evidência que temos”, disse, “é de que as medidas macroprudenciais adotadas são eficazes”, a começar pelo aumento do compulsório bancário, em dezembro último, e pelo corte de gastos do Governo Central (que inclui Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central).

Perguntado se a estimativa de 5,6% não era muito otimista, uma vez que os analistas financeiros trabalham com expectativa de 6% no acumulado do ano, Carlos Hamilton afirmou: “Nossa projeção não é conservadora nem otimista. É o melhor número que temos e estamos confortáveis com nossas projeções”.

O diretor de Política Econômica disse que o BC está focado no trabalho de reduzir o afastamento do índice de inflação do centro da meta de 4,5%, definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), podendo flutuar entre a mínima de 2,5% e o teto de 6,5%. Ele também manifestou confiança quanto à reaproximação da inflação com o centro da meta até o final de 2012.

De acordo com Carlos Hamilton, o nível de incertezas continua “acima do usual” por causa dos preços do petróleo e das commodities (matérias primas com cotação internacional), o que “não permite identificar com clareza” o grau de duração das pressões inflacionárias. Ele avalia, no entanto, que o cenário atual está mais favorável ao controle da inflação do que no final do ano passado.

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