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Indígena brasileiro vai à França denunciar política ambiental de Bolsonaro

O reconhecido líder indígena Raoni faz uma viagem na Europa e encontrara Emmanuel Macron para denunciar o aumento do desflorestamento

Indígenas: o encontro com Raoni "permitirá trocas sobre a situação das comunidades originárias no Brasil" (Adriano Machado/Reuters)

Indígenas: o encontro com Raoni "permitirá trocas sobre a situação das comunidades originárias no Brasil" (Adriano Machado/Reuters)

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AFP

Publicado em 14 de maio de 2019 às 19h12.

Brasília — O presidente francês, Emmanuel Macron, vai receber na tarde de quinta-feira o reconhecido líder indígena Raoni, que faz uma viagem na Europa para denunciar o aumento do desflorestamento no Brasil após a chegada de Jair Bolsonaro ao poder.

"Enquanto um país amazônico", com a Guiana Francesa, "a França é naturalmente engajada na luta contra o desmatamento" e "também defende o interesse dos povos originários, especialmente enquanto atores essenciais da preservação das florestas e da biodiversidade, consequentemente engajados na luta contra as mudanças climáticas", anunciou o Eliseu em um comunicado.

O encontro com Raoni "também permitirá trocas sobre a situação das comunidades originárias no Brasil", onde a França "deseja manter o diálogo com as autoridades e membros da sociedade civil brasileira para promover os valores comuns ligados aos direitos humanos e à proteção de diversidade cultural", declarou a Presidência.

Raoni Metuktire, que iniciou na segunda a viagem de três semanas pela Europa, também deve encontrar o ministro francês da Transição Ecológica, François de Rugy.

Outra liderança indígena da Amazônia, Almir Narayamoga Surui alertou nesta terça, em Paris, os deputados franceses sobre os perigos do desmatamento "ainda mais intensos" na Presidência de Jair Bolsonaro.

"Por razões de cultivo de soja e criação de gado, (Bolsonaro) ameaça reduzir as terras nativas e remover qualquer possibilidade de conservar os parques nacionais e preservar a floresta. Este é um grande passo para trás para o Brasil", disse à AFP líder local.

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