Brasil

Indicados para o BC devem ser aprovados pelo Senado, avalia presidente da CAE

Além de Gabriel Galípolo, que assumirá a diretoria de política monetária, Haddad também indicou Ailton Aquino para a diretoria de fiscalização da autarquia

Banco Central: até o fim do mandato, Lula pode trocar mais sete diretores. (Agência Brasil/Reprodução)

Banco Central: até o fim do mandato, Lula pode trocar mais sete diretores. (Agência Brasil/Reprodução)

Izael Pereira
Izael Pereira

Reporter colaborador, em Brasília

Publicado em 9 de maio de 2023 às 13h16.

Os nomes anunciados pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, nesta segunda-feira, 8, para diretorias no Banco Central (BC) devem ter boa aceitação na sabatina que acontecerá no Senado. A avaliação é do presidente da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), Vanderlan Cardoso (PSD-GO).

"Eu creio que não vai ter problemas, os dois são técnicos. O Ailton é do quadro [técnico do Ministério da Fazenda]”, disse a jornalistas nesta terça-feira, 9.

As indicações para a diretoria do BC precisam passar pelo crivo do Senado, começando pela CAE e, em seguida, pelo plenário da Casa. Além de Gabriel Galípolo, que assumirá a diretoria de política monetária, Haddad também indicou Ailton Aquino para a diretoria de fiscalização da autarquia.

Apesar de ver um clima favorável para a aprovação dos nomes, Vanderlan disse que “depende muito também” do que algum dos indicados possa falar em entrevistas de agora em diante. “Alguma coisa que eles falem [que repercuta muito imediatamente]”, pontuou.

Fala de Tebet

Vandelar também comentou falas da ministra do Planejamento, Simone Tebet, que teria causado estranheza aos senadores. “O que a Simone falou que ele [Galípolo] vai representar o governo e o país. A gente ficou muito sem entender isso”, afirmou.

Para o senador, "a partir do momento que a pessoa é indicada para uma diretoria, ela não tem essa função de sair dando entrevista dizendo ‘eu acho isso, acho aquilo’, é muito técnico. Você não vê o presidente do BC entrando na questão política e pelo que eu saiba também os diretores da mesma maneira”, ressaltou.

Vanderlan disse ainda que tanto ele quanto o presidente do Senado, seu correligionário, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), foram pegos de surpresa com o anúncio na imprensa sem que os nomes fossem primeiro enviados à Casa. “Nós estávamos em São Paulo. Padilha me procurou há uns 15 dias, quando o presidente chegar nós vamos mandar os nomes”, disse.

A previsão é que os nomes sejam enviados ainda hoje ao Senado. Contudo não tem data prevista para a reunião que irá sabatinar os indicados.

Essa será a primeira mudança na composição do Banco Central durante o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Os mandatos dos diretores são de quatro anos, com a possibilidade de recondução. Até 2026, Lula terá direito a decidir se reconduz ou se troca mais sete diretores, incluindo o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto.

Acompanhe tudo sobre:Banco CentralMinistério da Fazenda

Mais de Brasil

Governo e Senado pedem ao STF prorrogação de prazo de acordo sobre desoneração da folha

Lula diz que proposta de segurança do governo será elaborada com 27 governadores

Aeroporto de Porto Alegre será reaberto em outubro com 50 voos diários, diz ministro

Governo Lula é ruim ou péssimo para 44,2% e bom ou ótimo para 37,7%, aponta pesquisa Futura

Mais na Exame