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Hemorio recebe kits para prevenir doenças durante Olimpíada

Hemorio começou a receber kits para aplicação de técnica que aumenta segurança do sangue de quem vai receber transfusões

Transfusão de sangue: novo kit é capaz de detectar até HIV em sangue doado para aumentar segurança das transfusões (Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 19 de julho de 2016 às 08h36.

Uma técnica que aumenta a segurança do sangue para quem vai receber transfusão começa a ser usada hoje (19) no Instituto de Hematologia do Estado do Rio de Janeiro (Hemorio).

A instituição recebeu ontem (18) os kits para fazer a inativação de patógenos no sangue doado. Com eles, as bolsas de plaqueta e de plasma vão passar por um procedimento que elimina vírus, bactérias, fungos e protozoários.

De acordo com o diretor do Hemorio, Luiz Amorim, o processo é muito importante porque complementa a triagem clínica do doador e os testes laboratoriais feitos em todo sangue doado.

“Essas medidas, embora confiram uma segurança muito grande no sangue doado no Brasil, semelhante a de outros países do mundo, não garantem que não haja transmissão de algum agente infeccioso. Com esses kits, pelo menos para plasma e para plaquetas, conseguimos garantir que, se houver algum agente infeccioso, algum micróbio, vírus, bactéria, protozoário na bolsa, esse micróbio será eliminado com essa técnica que vamos passar a aplicar no Hemorio. Então, é um avanço muito grande que aumenta a segurança de quem vai receber transfusões”, afirmou o diretor.

Segundo ele, o processo é capaz de eliminar inclusive o HIV, vírus que causa a aids . “O HIV é testado, são dois testes diferentes, um que a gente procura anticorpo para o HIV e outro que procuramos o próprio vírus, que é mais moderno."

Conforme Luiz Amorim, nenhum dos dois testes, "nem no Brasil e nem em nenhum lugar do mundo", dá uma segurança de 100%.

"Sempre existe uma possibilidade remota de que a pessoa tenha se contaminado, digamos, há dois dias. Nenhum teste vai pegar se o sangue teria o vírus. Esse kit justamente mataria o HIV também. Se tiver HIV na bolsa, seria eliminado por esse kit.”

De acordo com o diretor, o método é inédito no Brasil e estava no planejamento da instituição para ser um legado de avanço tecnológico da Olimpíada .

“Acontece que houve o problema econômico no estado do Rio de Janeiro. Não foi possível adquirir. Então, a empresa fornecedora resolveu fazer uma ação humanitária e doar esses kits para que possamos usar na Olimpíada.”

O Hemorio recebeu mil kits para fazer o procedimento em bolsas de plaquetas e 380 para plasma, suficiente para ser utilizado em sete mil bolsas de sangue, que podem ser usadas em até 28 mil pacientes.

“Essa quantidade vai suprir todo o sangue que será usado durante o período olímpico. Todo plasma e todas as plaquetas. Depois, vamos comprar mais. Aí, vamos ver se teremos recursos suficientes. É uma vontade, porque não sabemos nem o preço, porque o kit ainda não foi vendido no Brasil”, disse Amorim.

O processo já é utilizado na França, Suíça, Espanha, Holanda, Grécia, Itália, Japão e Estados Unidos, que começaram a usar o kit este ano.

No Brasil, o processo foi autorizado pela Agência Nacional de Vigilância (Anvisa) no fim do ano passado e já passou por testes no Rio de Janeiro e em São Paulo, como uma das medidas para evitar a transmissão de dengue, chikungunya e Zika durante os Jogos Rio 2016.

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Uma técnica que aumenta a segurança do sangue para quem vai receber transfusão começa a ser usada hoje (19) no Instituto de Hematologia do Estado do Rio de Janeiro (Hemorio).

A instituição recebeu ontem (18) os kits para fazer a inativação de patógenos no sangue doado. Com eles, as bolsas de plaqueta e de plasma vão passar por um procedimento que elimina vírus, bactérias, fungos e protozoários.

De acordo com o diretor do Hemorio, Luiz Amorim, o processo é muito importante porque complementa a triagem clínica do doador e os testes laboratoriais feitos em todo sangue doado.

“Essas medidas, embora confiram uma segurança muito grande no sangue doado no Brasil, semelhante a de outros países do mundo, não garantem que não haja transmissão de algum agente infeccioso. Com esses kits, pelo menos para plasma e para plaquetas, conseguimos garantir que, se houver algum agente infeccioso, algum micróbio, vírus, bactéria, protozoário na bolsa, esse micróbio será eliminado com essa técnica que vamos passar a aplicar no Hemorio. Então, é um avanço muito grande que aumenta a segurança de quem vai receber transfusões”, afirmou o diretor.

Segundo ele, o processo é capaz de eliminar inclusive o HIV, vírus que causa a aids . “O HIV é testado, são dois testes diferentes, um que a gente procura anticorpo para o HIV e outro que procuramos o próprio vírus, que é mais moderno."

Conforme Luiz Amorim, nenhum dos dois testes, "nem no Brasil e nem em nenhum lugar do mundo", dá uma segurança de 100%.

"Sempre existe uma possibilidade remota de que a pessoa tenha se contaminado, digamos, há dois dias. Nenhum teste vai pegar se o sangue teria o vírus. Esse kit justamente mataria o HIV também. Se tiver HIV na bolsa, seria eliminado por esse kit.”

De acordo com o diretor, o método é inédito no Brasil e estava no planejamento da instituição para ser um legado de avanço tecnológico da Olimpíada .

“Acontece que houve o problema econômico no estado do Rio de Janeiro. Não foi possível adquirir. Então, a empresa fornecedora resolveu fazer uma ação humanitária e doar esses kits para que possamos usar na Olimpíada.”

O Hemorio recebeu mil kits para fazer o procedimento em bolsas de plaquetas e 380 para plasma, suficiente para ser utilizado em sete mil bolsas de sangue, que podem ser usadas em até 28 mil pacientes.

“Essa quantidade vai suprir todo o sangue que será usado durante o período olímpico. Todo plasma e todas as plaquetas. Depois, vamos comprar mais. Aí, vamos ver se teremos recursos suficientes. É uma vontade, porque não sabemos nem o preço, porque o kit ainda não foi vendido no Brasil”, disse Amorim.

O processo já é utilizado na França, Suíça, Espanha, Holanda, Grécia, Itália, Japão e Estados Unidos, que começaram a usar o kit este ano.

No Brasil, o processo foi autorizado pela Agência Nacional de Vigilância (Anvisa) no fim do ano passado e já passou por testes no Rio de Janeiro e em São Paulo, como uma das medidas para evitar a transmissão de dengue, chikungunya e Zika durante os Jogos Rio 2016.

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