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Heleno: apreender celular de Bolsonaro teria "consequências imprevisíveis"

Não há decisão para apreender o celular do presidente; STF apenas solicitou manifestação da PGR sobre um pedido feito pela oposição, o que é praxe

Augusto Heleno: ministro disse que iniciativa é uma tentativa de abalar a "harmonia entre os poderes" (Marcelo Camargo/Agência Brasil)
AO

Agência O Globo

Publicado em 22 de maio de 2020 às 16h16.

Última atualização em 22 de maio de 2020 às 16h23.

O ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno , afirmou nesta sexta-feira que apreender o celular do presidente Jair Bolsonaro seria uma "afronta à autoridade máxima do Poder Executivo e interferência inadmissível de outro Poder".

O ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), encaminhou ao procurador-geral da República, Augusto Aras, um pedido apresentado por parlamentares de oposição de apreensão do celular de Bolsonaro.

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Em nota, Heleno afirmou que "o pedido de apreensão do celular do presidente da República é inconcebível e, até certo ponto, inacreditável". O ministro fez um "alerta" para autoridades de outros Poderes de que "tal atitude é uma evidente tentativa de comprometer a harmonia entre os poderes e poderá ter consequências imprevisíveis para a estabilidade nacional".

Em um dos pedidos enviado por Celso à PGR, deputados do PSB, PDT e PV pedem a apreensão dos telefones de Bolsonaro, de seu filho Carlos Bolsonaro e da deputada Carla Zambelli (PSL-SP). Outra representação foi feita pelo PT que solicita a apreensão do celular do ex-ministro Moro.

Leia nota na íntegra:

"O pedido de apreensão do celular do presidente da República é inconcebível e, até certo ponto, inacreditável.

Case se efetivasse, seria uma afronta à autoridade máxima do Poder Executivo e uma interferência inadmissível de outro Poder, na privacidade do Presidente da República e na segurança institucional do País.

O Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República alerta as autoridades constituídas que tal atitude é uma evidente tentativa de comprometer a harmonia entre os poderes e poderá ter consequências imprevisíveis para a estabilidade nacional."

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