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Haddad vai depor sobre suposto pedido de propina de promotor

O ex-prefeito de São Paulo declarou que o promotor de Justiça Marcelo Milani teria pedido propina para não entrar com uma ação relativa ao Itaquerão

Fernando Haddad: "Para não ingressar com a ação judicial, o promotor teria pedido propina de 1 milhão" (Rovena Rosa/Agência Brasil)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 6 de junho de 2017 às 17h17.

São Paulo - A Corregedoria-Geral do Ministério Público de São Paulo vai intimar o ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), "o mais brevemente possível" para depor sobre sua declaração a respeito do promotor de Justiça Marcelo Milani, que teria pedido propina de R$ 1 milhão para não entrar com uma ação relativa ao Itaquerão.

A data da intimação ainda não foi definida.

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A afirmação foi feita por Haddad em artigo publicado pela revista Piauí.

Em maio de 2012, na gestão Gilberto Kassab (PSD), Milani entrou com ação na Justiça contra a lei que permitia à Prefeitura de São Paulo ajudar na construção do estádio com a emissão de R$ 420 milhões em títulos chamados CIDs (Certificados de Incentivo ao Desenvolvimento).

Empresas que comprassem os CIDs poderiam usá-los para abater dívidas com a administração municipal.

De acordo com Haddad, Corinthians e Odebrecht pediram que a Prefeitura comprasse os títulos. Considerando os títulos "invendáveis", Haddad recusou o pedido.

"Fui informado de que, para não ingressar com a ação judicial, o promotor teria pedido propina de 1 milhão de reais", disse Haddad em artigo na Piauí.

"Eu respondi que essa informação não mudava o teor da minha decisão, contra a recompra, e que não me restava alternativa como agente público senão levar o fato relatado ao conhecimento da Corregedoria-Geral do Ministério Público, para que fosse devidamente apurado", afirmou Haddad, em seu texto.

Haddad explica que chamou em seu gabinete um assessor do corregedor e repassou a informação sobre o "suposto pedido de propina".

A informação teria chegado aos ouvidos de Milani, que, segundo o ex-prefeito, a partir daí teria adotado "atitude persecutória" contra ele.

Procurado pelo Estado, o procurador Marcelo Milani informou que vai se manifestar.

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