Exame Logo

Haddad vai à Justiça contra cobrança por sacolinha plástica

Na ação, o prefeito pede uma liminar contra a Associação Paulista de Supermercados e sete estabelecimentos

Fernando Haddad: o texto argumenta que o comerciante deveria contribuir para o combate à degradação ambiental (Paulo Fridman/Bloomberg)
DR

Da Redação

Publicado em 29 de abril de 2015 às 10h00.

São Paulo - O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), entrou na terça-feira, 28, com ação na Justiça para barrar a cobrança pelas novas sacolas plásticas feita pelos supermercados.

A ação civil pública foi protocolada no começo da noite na Vara da Fazenda Pública, na Justiça Estadual, e tem objetivo similar ao pedido da SOS Consumidor, que recorreu judicialmente contra a cobrança, mas teve a liminar negada na semana passada.

Na ação ajuizada pela Prefeitura, Haddad pede que a Justiça conceda liminar contra a Associação Paulista de Supermercados (Apas), Carrefour, Pão de Açúcar, Walmart, Futurama, Sonda, D’Avó Supermercados e Supermercado Dia.

A Apas é a mais representativa entidade do setor de supermercados de São Paulo, com 1.258 empresas.

Caso a Justiça decida favoravelmente à Prefeitura, os associados da Apas e os sete estabelecimentos citados na ação estarão impedidos de vender as sacolas reutilizáveis.

As embalagens - nas cores verde e cinza - começaram a circular no comércio no dia 5 de abril, como alternativa do poder municipal às tradicionais sacolas brancas, que passaram a ser proibidas por lei.

De acordo com a Prefeitura, "ao cobrar pelas sacolas reutilizáveis, o comércio varejista desestimula a política municipal de reciclagem". A venda das sacolas plásticas, argumenta a Prefeitura, "é um empecilho para o sucesso de qualquer programa de reciclagem".

O texto explica que o comerciante, que deveria contribuir para o combate à degradação ambiental, "age no sentido de repassar integralmente ao consumidor o custo dessa reparação".

E completa: "Mais que isso: não colabora (a rigor, "joga contra") com o poder municipal".

Na ação da SOS Consumidor, que acabou sendo extinta por desistência da entidade, apenas o aspecto de uma suposta cobrança abusiva era abordado.

A SOS entendia que havia duplicidade em vender o item, já que o preço estaria embutido nos valores dos demais produtos.

Na ação, Haddad faz um apelo para a cooperação "essencial" entre o setor público e o empresarial no cumprimento da Política Nacional dos Resíduos Sólidos (PNRS), que prevê a redução na geração de resíduos e a destinação ambientalmente adequada dos rejeitos.

"A substituição dos antigos modelos de sacolas plásticas por sacolas reutilizáveis, destinadas especificamente à coleta seletiva, é uma importante iniciativa de aprimoramento do Plano de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos", em aplicação da política nacional.

As novas sacolas teriam a função, segundo o texto, de "conscientizar" consumidores sobre a necessidade da separação correta dos resíduos.

Dos 96 distritos da capital, 40 têm coleta seletiva universalizada. Em 2015, a meta Haddad é universalizar mais 14 distritos - e chegar a 100% em 2016.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Veja também

São Paulo - O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), entrou na terça-feira, 28, com ação na Justiça para barrar a cobrança pelas novas sacolas plásticas feita pelos supermercados.

A ação civil pública foi protocolada no começo da noite na Vara da Fazenda Pública, na Justiça Estadual, e tem objetivo similar ao pedido da SOS Consumidor, que recorreu judicialmente contra a cobrança, mas teve a liminar negada na semana passada.

Na ação ajuizada pela Prefeitura, Haddad pede que a Justiça conceda liminar contra a Associação Paulista de Supermercados (Apas), Carrefour, Pão de Açúcar, Walmart, Futurama, Sonda, D’Avó Supermercados e Supermercado Dia.

A Apas é a mais representativa entidade do setor de supermercados de São Paulo, com 1.258 empresas.

Caso a Justiça decida favoravelmente à Prefeitura, os associados da Apas e os sete estabelecimentos citados na ação estarão impedidos de vender as sacolas reutilizáveis.

As embalagens - nas cores verde e cinza - começaram a circular no comércio no dia 5 de abril, como alternativa do poder municipal às tradicionais sacolas brancas, que passaram a ser proibidas por lei.

De acordo com a Prefeitura, "ao cobrar pelas sacolas reutilizáveis, o comércio varejista desestimula a política municipal de reciclagem". A venda das sacolas plásticas, argumenta a Prefeitura, "é um empecilho para o sucesso de qualquer programa de reciclagem".

O texto explica que o comerciante, que deveria contribuir para o combate à degradação ambiental, "age no sentido de repassar integralmente ao consumidor o custo dessa reparação".

E completa: "Mais que isso: não colabora (a rigor, "joga contra") com o poder municipal".

Na ação da SOS Consumidor, que acabou sendo extinta por desistência da entidade, apenas o aspecto de uma suposta cobrança abusiva era abordado.

A SOS entendia que havia duplicidade em vender o item, já que o preço estaria embutido nos valores dos demais produtos.

Na ação, Haddad faz um apelo para a cooperação "essencial" entre o setor público e o empresarial no cumprimento da Política Nacional dos Resíduos Sólidos (PNRS), que prevê a redução na geração de resíduos e a destinação ambientalmente adequada dos rejeitos.

"A substituição dos antigos modelos de sacolas plásticas por sacolas reutilizáveis, destinadas especificamente à coleta seletiva, é uma importante iniciativa de aprimoramento do Plano de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos", em aplicação da política nacional.

As novas sacolas teriam a função, segundo o texto, de "conscientizar" consumidores sobre a necessidade da separação correta dos resíduos.

Dos 96 distritos da capital, 40 têm coleta seletiva universalizada. Em 2015, a meta Haddad é universalizar mais 14 distritos - e chegar a 100% em 2016.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Acompanhe tudo sobre:Fernando HaddadJustiçaPolítica no BrasilPolíticos brasileirosPrefeitosProcessos judiciaisSacolas plásticas

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Brasil

Mais na Exame