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Haddad quer reforço no patrulhamento da cidade à noite

O prefeito anunciou que um terço do efetivo da Guarda Civil Metropolitana e dos policiais militares que integram a Operação Delegada atuará à noite em locais de maior criminalidade

Fernando Haddad: o prefeito disse que está fazendo um mapa da violência e vai espalhar agentes por áreas perigosas da cidade (Prefeitura de São Paulo)
DR

Da Redação

Publicado em 28 de fevereiro de 2013 às 09h38.

São Paulo - Em uma investida na área da segurança pública, oficialmente de responsabilidade do governo do Estado, o prefeito Fernando Haddad (PT) anunciou, na quarta-feira (27), que um terço do efetivo da Guarda Civil Metropolitana (GCM) e dos policiais militares que integram a Operação Delegada (bico oficial pago pelo Município) deve passar a atuar à noite em locais de maior criminalidade.

Com isso, praças, parques, escolas, unidades de saúde e bairros da periferia, como Campo Limpo, podem ganhar um reforço de cerca de 3 mil agentes depois das 18 horas.

Ao site de notícias G1, Haddad disse ainda que está fazendo um mapa da violência e vai espalhar agentes por áreas perigosas da cidade.

A informação causou polêmica. "Isso (indicadores criminais) não é problema da Prefeitura, é problema do Estado", disse o comandante-geral da Polícia Militar, coronel Benedito Meira. "É interessante, mas vai mostrar algo diferente do que a Secretaria de Estado da Segurança Pública já divulga?"

Atualmente, os quase 3,9 mil policiais da Operação Delegada recebem da Prefeitura para fiscalizar camelôs. Em 15 de março, Município e Estado devem assinar novo convênio ampliando as atribuições dos agentes.

A Prefeitura quer espalhá-los por locais públicos com altos índices de criminalidade. Meira defende que a distribuição dos policiais esteja atrelada à fiscalização de bares, taxistas clandestinos e ao Programa de Silêncio Urbano (Psiu).


Para o comandante da PM, a Prefeitura não poderá delegar à polícia a função que já é dela, de fazer policiamento. "Mas o policial na atividade delegada não vai se omitir, caso encontre, por exemplo, alguém em atitude suspeita, uma pessoa participando de um furto, um roubo", ressalta.

Por enquanto, o acordo não inclui a contratação de mais policiais. Em 2012, o gasto orçado foi de R$ 150 milhões. A decisão sobre onde os PMs ficarão deve caber a uma comissão, com dois integrantes da corporação e dois do Município. Até agora, a Prefeitura já constatou que as regiões de M’Boi Mirim, Campo Limpo e Capela do Socorro, todos bairros da zona sul, deveriam receber o reforço.

Para o professor de ciências políticas Cláudio Couto, do curso de Administração Pública da Fundação Getulio Vargas, é positivo o investimento da Prefeitura. "É um assunto de competência estadual que afeta a área municipal", destacou.

Luz

O prefeito também quer deslocar guardas-civis e PMs da Operação Delegada para áreas sem luz. O assunto foi tratado em reunião, anteontem, com diretores da Eletropaulo. A ideia é que a Prefeitura seja avisada sobre locais com blecaute e possa enviar forças policiais para a área.

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São Paulo - Em uma investida na área da segurança pública, oficialmente de responsabilidade do governo do Estado, o prefeito Fernando Haddad (PT) anunciou, na quarta-feira (27), que um terço do efetivo da Guarda Civil Metropolitana (GCM) e dos policiais militares que integram a Operação Delegada (bico oficial pago pelo Município) deve passar a atuar à noite em locais de maior criminalidade.

Com isso, praças, parques, escolas, unidades de saúde e bairros da periferia, como Campo Limpo, podem ganhar um reforço de cerca de 3 mil agentes depois das 18 horas.

Ao site de notícias G1, Haddad disse ainda que está fazendo um mapa da violência e vai espalhar agentes por áreas perigosas da cidade.

A informação causou polêmica. "Isso (indicadores criminais) não é problema da Prefeitura, é problema do Estado", disse o comandante-geral da Polícia Militar, coronel Benedito Meira. "É interessante, mas vai mostrar algo diferente do que a Secretaria de Estado da Segurança Pública já divulga?"

Atualmente, os quase 3,9 mil policiais da Operação Delegada recebem da Prefeitura para fiscalizar camelôs. Em 15 de março, Município e Estado devem assinar novo convênio ampliando as atribuições dos agentes.

A Prefeitura quer espalhá-los por locais públicos com altos índices de criminalidade. Meira defende que a distribuição dos policiais esteja atrelada à fiscalização de bares, taxistas clandestinos e ao Programa de Silêncio Urbano (Psiu).


Para o comandante da PM, a Prefeitura não poderá delegar à polícia a função que já é dela, de fazer policiamento. "Mas o policial na atividade delegada não vai se omitir, caso encontre, por exemplo, alguém em atitude suspeita, uma pessoa participando de um furto, um roubo", ressalta.

Por enquanto, o acordo não inclui a contratação de mais policiais. Em 2012, o gasto orçado foi de R$ 150 milhões. A decisão sobre onde os PMs ficarão deve caber a uma comissão, com dois integrantes da corporação e dois do Município. Até agora, a Prefeitura já constatou que as regiões de M’Boi Mirim, Campo Limpo e Capela do Socorro, todos bairros da zona sul, deveriam receber o reforço.

Para o professor de ciências políticas Cláudio Couto, do curso de Administração Pública da Fundação Getulio Vargas, é positivo o investimento da Prefeitura. "É um assunto de competência estadual que afeta a área municipal", destacou.

Luz

O prefeito também quer deslocar guardas-civis e PMs da Operação Delegada para áreas sem luz. O assunto foi tratado em reunião, anteontem, com diretores da Eletropaulo. A ideia é que a Prefeitura seja avisada sobre locais com blecaute e possa enviar forças policiais para a área.

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