Fernando Haddad: "projeto exige negociação nem sempre fácil com hotéis distantes da região. Uma das demandas dos beneficiários é ficarem mais distantes do fluxo", disse o prefeito (Rovena Rosa/ Agência Brasil)
Da Redação
Publicado em 1 de agosto de 2016 às 20h03.
São Paulo - Nos próximos cinco meses, os últimos do mandato, o prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT) quer dobrar o tamanho do programa De Braços Abertos, criado no centro da capital há mais de dois anos para beneficiar usuários de crack.
O objetivo da Prefeitura é chegar até o fim de 2016 com mil dependentes em até 13 hotéis - hoje, cerca de 500 são beneficiados em oito locais.
Segundo o secretário municipal da Segurança Urbana, Benedito Mariano, a gestão vai descredenciar nas próximas semanas os únicos três hotéis que ainda restam no fluxo.
Hoje, além deles, funcionam outros quatro hotéis na região da Luz - na Avenida Rio Branco, por exemplo - e outro na Freguesia do Ó, na zona norte.
Outras seis regiões vão receber os novos hotéis. A próxima será Heliópolis, na zona sul, com capacidade para pelo menos 70 usuários de crack. "Será em uma antiga unidade de saúde que será reformada com recursos da Saúde", disse Mariano.
Na Consolação, um hotel novo deve ser instalado próximo à Igreja da Consolação, para receber 70 usuários. O Parque Dom Pedro vai abrigar outros 100. As duas regiões vão receber os beneficiários já atendidos, que atualmente ocupam hotéis no fluxo.
"Pretendemos expandir até o final do ano, mas exige uma negociação nem sempre fácil com hotéis distantes da região. Uma das demandas dos beneficiários é ficarem mais distantes do fluxo", disse Haddad.
Também vão receber novos hotéis até o fim do ano as regiões da Vila Leopoldina (70), Cidade Tirantes (60) e M'Boi Mirim (70).