Fernando Haddad: ao longo desta semana, o prefeito deverá definir o comando de áreas importantes (Paulo Fridman/Bloomberg)
Da Redação
Publicado em 13 de janeiro de 2015 às 07h19.
São Paulo - Com apenas 16 das 123 metas de governo cumpridas até agora e com a previsão de ter de enfrentar uma disputa acirrada pela reeleição em 2016, o prefeito Fernando Haddad (PT) está disposto a trocar até 10 dos 27 secretários para compor aliados e assegurar apoio na Câmara Municipal.
Depois de escolher Gabriel Chalita (PMDB) para assumir a Secretaria Municipal de Educação, que aceitou o convite, aumentando o poder do partido na administração, o petista articula a entrada para o governo de PSD, PR e PCdoB.
A reforma parcial do secretariado será concluída até o dia 15. Ao longo desta semana, Haddad deverá definir o comando de áreas importantes.
Com a transferência do promotor Roberto Porto, indicado pelo PMDB, da pasta de Segurança Urbana para a Controladoria-Geral do Município, o partido escolheu o vereador Rubens Calvo para manter a Secretaria de Segurança Urbana. Caberá a Chalita apresentar o nome ao prefeito.
Para contemplar o PSD do agora ministro das Cidades, Gilberto Kassab, foi convidado o vereador Marco Aurélio Cunha. Haddad ofereceu a ele o comando da São Paulo Turismo (SPTuris).
O parlamentar disse que "está pensando", enquanto seu colega de partido, Antonio Goulart, tenta levar o cargo.
Já o PR do atual ministro dos Transportes, Antonio Carlos Rodrigues, ficará com Negócios Jurídicos - o indicado foi o advogado Marcelo Nobre, do Conselho Nacional de Justiça - e talvez também com a Secretaria do Verde e Meio Ambiente.
O partido disputa a indicação com ala do PT ligada à senadora Marta Suplicy, que busca manter Wanderley Meira do Nascimento no comando.
Retorno. Aliado histórico, o PCdoB pode retornar ao secretariado com Netinho de Paula, cotado para reassumir a Promoção da Igualdade Racial.
Caso aceite, o parlamentar deverá ter a companhia de mais um vereador no governo: Nabil Bonduki (PT), sondado para a Cultura. Haddad ainda tem outras pastas na mira das trocas: Relações Governamentais e Saúde. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.