São Paulo - A Operação Lava Jato investiga fraudes em contratos publicitários do Ministério da Saúde e da Caixa Econômica Federal.
"Há indícios de fraudes além da Petrobras", afirmou o delegado da Polícia Federal Márcio Anselmo, coordenador da investigação, durante entrevista coletiva na sede da Polícia Federal em Curitiba, no Paraná, sobre a 11ª fase da Operação deflagrada nesta sexta-feira, chamada de "A Origem".
Cerca de 80 policiais federais cumprem 32 mandados judiciais, sendo 7 de prisão preventiva, 4 de prisão temporária, 9 de condução coercitiva e 16 de busca e apreensão, sendo que dois ainda estavam em andamento, nos Estados do Paraná, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Pernambuco, Rio de Janeiro e São Paulo.
O objetivo é apurar fatos criminosos atribuídos a três grupos de ex-agentes políticos, abrangendo organização criminosa, formação quadrilha ou bando, corrupção ativa, corrupção passiva, fraude a procedimento licitatório, lavagem de dinheiro, uso de documento falso e tráfico de influência.
Esta fase da operação investiga fraudes já conhecidas que envolvem repasses de valores de contratos de publicidade no Ministério da Saúde e da Caixa Econômica Federal a empresas ligadas a agentes políticos.
Em dois casos, duas empresas tinham como sócios o ex-deputado André Vargas (sem partido) e um irmão dele, Leon Vargas, ambos presos nesta manhã. Segundo a força-tarefa, cerca de 10% dos valores dos contratos eram desviados.
Segundo as autoridades, no entanto, ainda é cedo para afirmar a relação de contratos da Caixa Econômica Federal e do Ministério da Saúde com as fraudes investigadas na Petrobras.
Os contratos investigados são do período entre 2010 e 2014 e alguns ainda estão vigentes. Durante a coletiva, os policiais informaram ainda que há uma série de outros fatos irregulares, além desses contratos.
Eles citaram tráfico de influência para contrato de fornecimento de medicamentos do laboratório Labogen ao Ministério da Saúde.
Entre as irregularidades identificadas nas investigações, foram identificados ainda pagamentos ao ex-deputado Pedro Corrêa (PP-PE) e a pessoas relacionadas a ele.
O ex-parlamentar foi condenado no processo do mensalão e está cumprindo pena em um presídio em Pernambuco.
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1. Lava Jato
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1/10 (Divulgação/ Polícia Federal)
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2. Odebrecht
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2/10 (Paulo Fridman/Bloomberg)
A empresa divulgou nota em que afirma que a Polícia Federal esteve em seu escritório no Rio de Janeiro nesta sexta-feira, para cumprir mandado de busca e apreensão de documentos, expedido no âmbito das investigações sobre supostos crimes cometidos por ex-diretor da Petrobras. “A equipe foi recebida na empresa e obteve todo o auxílio para acessar qualquer documento ou informação buscada”, diz a nota da empresa. A Odebrecht afirma ainda que “está inteiramente à disposição das autoridades para prestar esclarecimentos sempre que necessário”.
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3. UTC Engenharia
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3/10 (Divulgação)
A empresa afirmou que “colabora desde o início das investigações e continuará à disposição das autoridades para prestar as informações necessárias”.
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4. OAS
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4/10 (Divulgação/PAC)
A OAS afirmou que “foram prestados todos os esclarecimentos solicitados e dado acesso às informações e documentos requeridos pela Polícia Federal, em visita à sua sede em São Paulo”. A empresa diz ainda que “está à inteira disposição das autoridades e vai continuar colaborando no que for necessário para as investigações”.
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5. Engevix
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5/10 (Divulgação/ Engevix)
Contatada por EXAME.com, a empresa afirmou apenas que “por meio dos seus advogados e executivos, prestará todos os esclarecimentos que forem solicitados”.
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6. Galvão Engenharia
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6/10 (Divulgação/ Galvão Engenharia)
Em nota, a Galvão Engenharia afirmou que "tem colaborado com todas as investigações referentes à Operação Lava Jato e está permanentemente à disposição das autoridades para prestar quaisquer esclarecimentos necessários".
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7. Queiroz Galvão
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7/10 (Divulgação)
A empresa se manifestou através de nota: "A Queiroz Galvão reitera que todas as suas atividades e contratos seguem rigorosamente a legislação em vigor e está à disposição das autoridades para prestar quaisquer esclarecimentos necessários."
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8. Camargo Corrêa
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8/10 (Divulgação)
Em nota, a Camargo Corrêa disse que sempre esteve à disposição das autoridades. Veja a nota: “A Construtora Camargo Corrêa repudia as ações coercitivas, pois a empresa e seus executivos desde o início se colocaram à disposição das autoridades e vêm colaborando com os esclarecimentos dos fatos.”
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9. Mendes Junior
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9/10 (Divulgação)
"O vice-presidente da Mendes Júnior, Sérgio Cunha Mendes, estava em viagem com a família na manhã desta sexta-feira (14/11). Assim que soube do mandado de prisão, tomou providências para se apresentar ainda hoje à Polícia Federal em Curitiba (PR). A Mendes Júnior está colaborando com as investigações, contribuindo para o acesso às informações solicitadas."
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10. Iesa
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10/10 (Divulgação IESA)
EXAME.com não conseguiu contato com nenhum porta-voz da empresa até a publicação da reportagem.