Guimarães hesita sobre veto ao fator previdenciário
Segundo José Guimarães, governo vai apostar em fórum para debater fator previdenciário
Da Redação
Publicado em 14 de maio de 2015 às 16h36.
Brasília - Após a derrota de ontem na votação das emendas à Medida Provisória (MP) 664 na Câmara dos Deputados , o líder do governo na Casa, José Guimarães (PT-CE), minimizou o impacto da flexibilização do fator previdenciário .
Perguntado sobre um eventual veto da presidente Dilma Rousseff à medida, o líder do governo encurtou a conversa: “Não estamos falando de veto, nem é o caso. A matéria irá para o Senado, depois volta ou não para a Câmara. Nós vamos trabalhar a ideia do fórum nacional sobre a questão do fator, isso é que é o fato”.
Ele disse que hoje os líderes dos partidos negociarão a retirada das emendas e destaques ao texto, que precisam ser votados, para garantir a conclusão da análise do texto na Câmara nesta quinta-feira (14).
A MP altera regras para concessão do auxílio-doença e da pensão por morte. A mudança faz parte do ajuste fiscal.
“Precisamos concluir e vamos retirar todos os destaques. Essa é a ideia da base [do governo] para facilitar a discussão do mérito da matéria no final da tarde hoje”, disse, na saída de uma reunião com líderes, ministros e o vice-presidente Michel Temer, no Palácio do Planalto.
Guimarães minimizou a aprovação da emenda que cria uma alternativa ao fator previdenciário, incluída na MP à revelia do governo, e disse que o assunto continuará sendo debatido no fórum que o Executivo criou para tratar da sustentabilidade das contas da Previdência Social.
“Vamos apostar na história do fator no fórum nacional, que estava sendo construído no decorrer da votação de ontem. É o caminho natural que vai envolver toda a sociedade, as centrais sindicais e o Congresso. [A discussão do] fator será no fórum nacional, tudo o mais é especulação”, avaliou.
A emenda aprovada pela Câmara prevê que a chamada fórmula 85/95 seja uma alternativa ao fator previdenciário para os trabalhadores que cumprirem os requisitos da nova regra.
O cálculo soma a idade ao tempo de contribuição até chegar a 85, para mulheres, e 95, para homens. Para quem não atingir o número, o fator previdenciário continuará valendo.
Guimarães disse que o governo se comprometeu a regulamentar as mudanças propostas por deputados nas emendas e destaques, que poderão ser retirados na negociação de hoje, por meio de outras MPs ou decretos ministeriais.
Umas das emendas determina a manutenção da prerrogativa exclusiva do Instituto Nacional do Seguro Nacional para fazer perícias médicas em trabalhadores doentes ou acidentados.
O texto original do governo previa a terceirização da atividade para peritos ou empresas.
Brasília - Após a derrota de ontem na votação das emendas à Medida Provisória (MP) 664 na Câmara dos Deputados , o líder do governo na Casa, José Guimarães (PT-CE), minimizou o impacto da flexibilização do fator previdenciário .
Perguntado sobre um eventual veto da presidente Dilma Rousseff à medida, o líder do governo encurtou a conversa: “Não estamos falando de veto, nem é o caso. A matéria irá para o Senado, depois volta ou não para a Câmara. Nós vamos trabalhar a ideia do fórum nacional sobre a questão do fator, isso é que é o fato”.
Ele disse que hoje os líderes dos partidos negociarão a retirada das emendas e destaques ao texto, que precisam ser votados, para garantir a conclusão da análise do texto na Câmara nesta quinta-feira (14).
A MP altera regras para concessão do auxílio-doença e da pensão por morte. A mudança faz parte do ajuste fiscal.
“Precisamos concluir e vamos retirar todos os destaques. Essa é a ideia da base [do governo] para facilitar a discussão do mérito da matéria no final da tarde hoje”, disse, na saída de uma reunião com líderes, ministros e o vice-presidente Michel Temer, no Palácio do Planalto.
Guimarães minimizou a aprovação da emenda que cria uma alternativa ao fator previdenciário, incluída na MP à revelia do governo, e disse que o assunto continuará sendo debatido no fórum que o Executivo criou para tratar da sustentabilidade das contas da Previdência Social.
“Vamos apostar na história do fator no fórum nacional, que estava sendo construído no decorrer da votação de ontem. É o caminho natural que vai envolver toda a sociedade, as centrais sindicais e o Congresso. [A discussão do] fator será no fórum nacional, tudo o mais é especulação”, avaliou.
A emenda aprovada pela Câmara prevê que a chamada fórmula 85/95 seja uma alternativa ao fator previdenciário para os trabalhadores que cumprirem os requisitos da nova regra.
O cálculo soma a idade ao tempo de contribuição até chegar a 85, para mulheres, e 95, para homens. Para quem não atingir o número, o fator previdenciário continuará valendo.
Guimarães disse que o governo se comprometeu a regulamentar as mudanças propostas por deputados nas emendas e destaques, que poderão ser retirados na negociação de hoje, por meio de outras MPs ou decretos ministeriais.
Umas das emendas determina a manutenção da prerrogativa exclusiva do Instituto Nacional do Seguro Nacional para fazer perícias médicas em trabalhadores doentes ou acidentados.
O texto original do governo previa a terceirização da atividade para peritos ou empresas.