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Grupos de apoio a Lula são recebidos com pedras em cidade do RS

A chegada do ex-presidente a São Borja, na Fronteira Oeste do Rio Grande do Sul, foi acompanhada de confrontos entre ruralistas e movimentos sociais

Lula: ele iniciou seu discurso atacando o que chamou de "direita fascista" (Lula/Facebook/Divulgação)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 22 de março de 2018 às 10h07.

Última atualização em 22 de março de 2018 às 13h41.

São Borja - A chegada do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva a São Borja, na Fronteira Oeste do Rio Grande do Sul, foi acompanhada de protestos e confrontos entre ruralistas e integrantes de movimentos sociais nesta quarta-feira, 21.

Caravanas que chegavam para apoiar Lula foram recebidas com pedras jogadas contra os ônibus, mas não houve feridos.

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Já em frente ao Museu Getúlio Vargas foi registrado um pequeno incidente em que um manifestante do MST foi agredido sem maiores consequências. O forte aparato policial evitou confrontos e direcionougrupos rivais para locais em que pudessem ser controlados.

O ato político estava marcado para as 14h na Praça XV de Novembro, no centro da cidade onde fica o Mausoléu Presidente Getúlio Vargas, mas só começou por volta das 17h.

Muitos pronunciamentos entremeados com apresentações artísticas seguraram o público por várias horas até a chegada de Lula, que estava acompanhado da ex-presidente Dilma Rousseff, da presidente do PT, Gleisi Hofmann, e de lideranças locais como o ex-governador Olívio Dutra.

O discurso de Dilma Rousseff destacou principalmente a instalação da Universidade Federal do Pampa (Unipampa) e do Instituto Federal Farroupilha (IFF) na cidade, além do que chamou de "golpe" para tirá-la do poder.

Ela ainda falou sobre os ex-presidentes Getúlio Vargas e João Goulart e o ex-governador Leonel Brizola, todos com forte ligação com São Borja - os túmulos dos três políticos trabalhistas estão no cemitério do município.

Lula iniciou seu discurso atacando o que chamou de "direita fascista", que, no seu entendimento, "muitas vezes se beneficiou dos recursos do Pronaf (Programa Nacional da Agricultura Familiar) para adquirir máquinas com valores subsidiados".

O ex-presidente lamentou o clima tenso comandado por "empresários e ruralistas", afirmando que seu partido não adotaria a mesma atitude. "Isso não faz parte da democracia".

Ocorreram pequenos confrontos entre um grupo que protestava contra Lula e usava frases que pediam sua prisão e, de outro lado, integrantes da CUT e do MST em defesa do ex-presidente. O ato foi encerrado pouco depois das 18h.

A caravana seguiu, ainda sob forte esquema de segurança, para a região das Missões, onde Lula visita as cidades de São Miguel e Santo Ângelo.

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