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Grupo de hackers vaza supostos dados de Bolsonaro, filhos e aliados

O vereador Carlos Bolsonaro e o deputado Douglas Garcia confirmaram a veracidade dos dados pelo Twitter; grupo se identifica como Anonymous BR

Presidente Jair Bolsonaro (Adriano Machado/Reuters)

Presidente Jair Bolsonaro (Adriano Machado/Reuters)

Tamires Vitorio

Tamires Vitorio

Publicado em 2 de junho de 2020 às 09h53.

Na noite desta segunda-feira, 1, um perfil no Twitter que diz ser a vertente brasileira dos grupo de hackers Anonymous divulgou dados que foram atribuídos ao presidente Jair Bolsonaro, de sua família e também de alguns ministros do governo.

A publicação foi feita em um perfil que já foi tirado do ar, mas os prints dos dados estão por toda a internet e o assunto lidera a lista de assuntos mais comentados na rede social.

Nesta manhã, após repercussão dos vazamentos, o vereador Carlos Bolsonaro confirmou a veracidade dos dados em seu perfil no Twitter. "Após vermos violações do direito à livre expressão, agora ferem a privacidade. Sob a desculpa de 'combater o mal', justificam seus crimes e fazem justamente aquilo que nos acusam, mas nunca provam", escreveu ele.

No vazamento, foram divulgados os CPFs de Bolsonaro e seus filhos, bem como os números de telefone, endereço, e-mails e dados sobre propriedades da família Bolsonaro.

A página também divulgou dados dos ministros Abraham Weintraub, da Educação e de Damares Alves, ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos. Alguns dados divulgados, como o dos imóveis, já eram públicos.

Um dos documentos apontava gastos com valor idêntico à declaração apresentada ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), de R$ 2.286.779,48, e até uma suposta fatura de posto de gasolina em nome do presidente no valor de R$ 56.160,00, com data de fevereiro deste ano e endereço de cobrança no seu endereço residencial na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio de Janeiro.

O deputado Douglas Garcia (PSL) também teve seus dados vazados pelo perfil. Nesta madrugada, Garcia tuitou que "estava indo fazer um boletim de ocorrência".

No domingo, o Anonymous, após a crescente nos protestos sobre o assassinato de George Floyd, morto por policiais americanos, ameaçou divulgar outros crimes da polícia e também divulgou dados de pessoas ligadas ao predador sexual Jeffrey Epstein e ao tráfico de crianças — a lista incluía até a supermodelo Naomi Campbell.

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