Integrantes do grupo Black Bloc: Polícia Civil não esclareceu os motivos da operação (Fernando Frazão/ABr)
Da Redação
Publicado em 11 de junho de 2014 às 14h09.
Rio de Janeiro - Um grupo de dez ativistas com ligações ao movimento <strong><a href="https://exame.com.br/topicos/black-blocs">Black Bloc</a></strong> foi conduzido nesta quarta-feira à Delegacia de Repressão a Crimes de Informática (DRCI) na Cidade da Polícia, no Jacaré, no subúrbio do <strong><a href="https://exame.com.br/topicos/rio-de-janeiro">Rio de Janeiro</a></strong>, para prestar esclarecimentos.</p>
A ação, que ocorre na véspera da abertura da Copa do Mundo, faz parte de um inquérito que corre sob sigilo, enquanto os ativistas, segundo o grupo Anonymous Rio, teriam sido notificados sobre um possível interrogatório em um processo que investiga a compra ilegal de fogos de artifício.
Entre os ativistas, está a estudante Elisa de Quadros Pinto Sanzi, conhecida como "Sininho" e que se destacou pela militância nos protestos do ano passado.
A jovem, que chegou a ser presa no último mês de outubro junto a outras 63 pessoas, era considerada uma das líderes dos Black Blocs.
A Polícia Civil não esclareceu os motivos da operação e nem se a mesma tem alguma relação com a investigação pela morte do cinegrafista da "TV Bandeirantes" Santiago Andrade, ocorrida em fevereiro, quando ele cobria uma manifestação no centro do Rio.
Apesar dos protestos contra a realização da Copa terem perdido a força nas últimas semanas, essa hipótese figura entre as principais preocupações das autoridades responsáveis por garantir a segurança durante a competição, que começa amanhã e se estende até o dia 13 de julho.
Neste aspecto, o governo disse que tolerará as manifestações desde que as mesmas não sejam violentas e nem ameacem a locomoção dos torcedores em direção aos estádios em que as partidas serão realizadas.