Brasil

Grevistas podem trocar dia de trabalho por catraca livre

Presidente do Sindicato dos Metroviários se comprometeu a levar à assembleia a proposta de corte de ponto de um dia de trabalho em troca de catraca livre


	Trem do Metrô com poucas pessoas em horário de pico na greve desta quinta-feira
 (REUTERS/Nacho Doce)

Trem do Metrô com poucas pessoas em horário de pico na greve desta quinta-feira (REUTERS/Nacho Doce)

DR

Da Redação

Publicado em 5 de junho de 2014 às 18h05.

São Paulo - O presidente do Sindicato dos Metroviários, Altino de Melo Prazeres Júnior, se comprometeu nesta quinta-feira, 05, no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da Segunda Região, no centro, a levar à assembleia da categoria a proposta de corte de ponto de um dia de trabalho em troca de uma operação da rede com catraca livre.

A proposta se deu após Prazeres Júnior ser cobrado com veemência pela desembargadora Rilma Aparecida Hemetério sobre o descumprimento da decisão judicial de manter 100% da operação no horário de pico durante a greve da categoria.

Os metroviários entraram em greve nesta quinta-feira, 05, por tempo indeterminado.

Ele havia contestado a decisão judicial afirmando que, dessa forma, a categoria perdia seu direito de greve. Rilma afirmou que só decidiu pelo índice de 100% porque o sindicato não cumpriu o seu dever legal de determinar, em conversas com o Metrô, um padrão mínimo de operação. "Eu não sou metroviária para saber o número ideal", disse a desembargadora, visivelmente irritada.

Rilma destacou os sérios prejuízos à população com o descumprimento da decisão e instigou Prazeres Júnior a apresentar um porcentual que ele achava justo. "Eu não posso dizer o porcentual, mas posso levar isso à categoria", disse Prazeres Júnior, antes de reforçar a proposta de catraca livre. A desembargadora, entretanto, disse que, mesmo se a população não pagasse a passagem, os custos para manter o metrô operando sairiam da coletividade.

"Por que a coletividade deve pagar para os senhores negociarem?", continuou a magistrada. Prazeres Júnior então afirmou que levaria à assembleia a proposta de corte de ponto, caso o Estado aceitasse a catraca livre.

Desde o começo da tensa reunião que ocorre no TRT, o Metrô mantém-se intransigente e não apresentou nova proposta aos metroviários, assim como retirou todas as já feitas, mas a reunião continua. A empresa requisitou dissídio econômico e trabalhista que ainda serão analisados.

Acompanhe tudo sobre:EmpresasEmpresas estataisEstatais brasileirasGrevesMetrô de São Paulomobilidade-urbanaSindicatosTransporte públicoTransportestransportes-no-brasil

Mais de Brasil

Governo e Senado pedem ao STF prorrogação de prazo de acordo sobre desoneração da folha

Lula diz que proposta de segurança do governo será elaborada com 27 governadores

Aeroporto de Porto Alegre será reaberto em outubro com 50 voos diários, diz ministro

Governo Lula é ruim ou péssimo para 44,2% e bom ou ótimo para 37,7%, aponta pesquisa Futura

Mais na Exame