Protesto de caminhoneiros no Paraná em 9 de novembro de 2015: ainda para a CNTTL, "esse movimento grevista é orquestrado por políticos e visa desestabilizar a presidenta Dilma Rousseff e desqualificar uma pauta séria e de luta que tem sido debatida com o governo federal" (Samuel Victor/ Comando Nacional dos Transportes)
Da Redação
Publicado em 9 de novembro de 2015 às 12h41.
Ribeirão Preto - A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes e Logística (CNTTL) avaliou que a greve de caminhoneiros realizada nesta segunda-feira, 9, em alguns pontos do País é uma "manobra de um 'grupo' que tenta usar os caminhoneiros em prol de interesses políticos, que nada têm a ver com a pauta de reivindicações da categoria".
Segundo nota divulgada pela entidade e assinada pelo presidente Paulo João Eutasia, "esse 'grupo' que se auto intitula 'comando', não representa os caminhoneiros brasileiros e tem por objetivo atrapalhar os avanços conquistados no diálogo permanente com o governo federal em favor dos trabalhadores", informou.
Sem citar nomes, a CNTTL, ligada à Central Única dos Trabalhadores (CUT), relata que o "comando" defende políticos ligados ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), responsável, de acordo com a confederação, "por retirar a aposentadoria especial dos motoristas", informa.
Ainda para a CNTTL, "esse movimento grevista é orquestrado por políticos e visa desestabilizar a presidenta Dilma Rousseff e desqualificar uma pauta séria e de luta que tem sido debatida com o governo federal" nas reuniões do Fórum Permanente para o Transporte Rodoviário de Cargas, criado após os protestos iniciados em fevereiro.
"Os caminhoneiros não precisam de mobilização para derrubar governo. Os caminhoneiros precisam de mobilização para regulamentar frete e preço de frete, para melhorar as condições de trabalho, como pontos de parada com estrutura adequada, confortável e segura para atender suas necessidades. Quem realmente representa os interesses da categoria está trabalhando e lutando para concretizar as reivindicações dos caminhoneiros", conclui.