Greve de auditores provoca estragos na Zona Franca de Manaus
Em dois dias de operação padrão estão parados no porto cerca de 700 contêineres à espera da fiscalização para serem desembaraçados
Da Redação
Publicado em 18 de julho de 2016 às 21h25.
São Paulo - A paralisação dos auditores fiscais por causa de reajuste salarial já provoca estragos nas indústrias da Zona Franca de Manaus , que utilizam um grande volume de componentes importados. Nos televisores, por exemplo, a parcela de componentes importados chega a 90%.
Em dois dias de operação padrão estão parados no porto cerca de 700 contêineres à espera da fiscalização para serem desembaraçados. Esses contêineres reúnem mercadorias destinadas ao comércio e componentes importados especialmente pelas indústrias do polo.
O Centro das Indústrias do Estado do Amazonas, (CIEAM) planeja já entrar na Justiça ainda esta semana para obter um mandado de segurança para liberar as mercadorias no porto.
A informação é do presidente do CIEAM, Wilson Périco. "Não temos nada a ver com esse problema que existe entre o governo federal e os servidores públicos", diz ele.
A intenção de obter uma medida na Justiça é para agilizar o desembarque e reduzir os impactos na produção e no emprego das 487 empresas do polo industrial que estão neste momento afetadas pela recessão. "A situação já está difícil e pode piorar por falta de componentes", observa.
De janeiro a maio, o faturamento do polo industrial de Manaus somou R$ 7,8 bilhões e registrou queda de 16% em relação ao mesmo período do ano passado. No ano passado interior a retração foi de quase 19% nas vendas do polo na comparação 2014.
Com o crédito caro e a recessão, está cada vez mais difícil vender aparelhos eletroeletrônicos, produtos geralmente financiados pelo consumidor. Com o recuo do dólar em relação ao real, a primeira ideia que se tem é que o setor poderia ter algum alívio de custos, uma vez que boa parte dos componentes são importados.
No entanto, segundo Périco, isso não ocorre na prática, porque esses componentes que estão parados no porto à espera do desembarque partiram da Ásia 60 dias atrás e foram comparados quando o câmbio estava mais elevado. Portanto, se antes o setor tinha dois problemas - falta de demanda e pressão de custos - agora foi acrescentado mais um: atraso no desembaraço dos componentes.
São Paulo - A paralisação dos auditores fiscais por causa de reajuste salarial já provoca estragos nas indústrias da Zona Franca de Manaus , que utilizam um grande volume de componentes importados. Nos televisores, por exemplo, a parcela de componentes importados chega a 90%.
Em dois dias de operação padrão estão parados no porto cerca de 700 contêineres à espera da fiscalização para serem desembaraçados. Esses contêineres reúnem mercadorias destinadas ao comércio e componentes importados especialmente pelas indústrias do polo.
O Centro das Indústrias do Estado do Amazonas, (CIEAM) planeja já entrar na Justiça ainda esta semana para obter um mandado de segurança para liberar as mercadorias no porto.
A informação é do presidente do CIEAM, Wilson Périco. "Não temos nada a ver com esse problema que existe entre o governo federal e os servidores públicos", diz ele.
A intenção de obter uma medida na Justiça é para agilizar o desembarque e reduzir os impactos na produção e no emprego das 487 empresas do polo industrial que estão neste momento afetadas pela recessão. "A situação já está difícil e pode piorar por falta de componentes", observa.
De janeiro a maio, o faturamento do polo industrial de Manaus somou R$ 7,8 bilhões e registrou queda de 16% em relação ao mesmo período do ano passado. No ano passado interior a retração foi de quase 19% nas vendas do polo na comparação 2014.
Com o crédito caro e a recessão, está cada vez mais difícil vender aparelhos eletroeletrônicos, produtos geralmente financiados pelo consumidor. Com o recuo do dólar em relação ao real, a primeira ideia que se tem é que o setor poderia ter algum alívio de custos, uma vez que boa parte dos componentes são importados.
No entanto, segundo Périco, isso não ocorre na prática, porque esses componentes que estão parados no porto à espera do desembarque partiram da Ásia 60 dias atrás e foram comparados quando o câmbio estava mais elevado. Portanto, se antes o setor tinha dois problemas - falta de demanda e pressão de custos - agora foi acrescentado mais um: atraso no desembaraço dos componentes.