Greenpeace "só atrapalha" o governo, diz Bolsonaro em Pequim
Ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, insinuou que Greenpeace estaria relacionado ao vazamento
Estadão Conteúdo
Publicado em 25 de outubro de 2019 às 09h21.
Última atualização em 25 de outubro de 2019 às 09h26.
São Paulo — O presidente Jair Bolsonaro classificou como "terrorismo" o vazamento de petróleo na costa brasileira, caso fique comprovado que foi um ato intencional. Ao ser questionado sobre uma publicação do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, que vincula o Greenpeace ao episódio, Bolsonaro disse que a instituição internacional "só atrapalha" o governo.
"Esse Greenpeace só nos atrapalha. Não sei o que ele (Salles) falou, tenho que conversar com ele para entrar em detalhes, mas o Greenpeace só nos atrapalha, não nos ajuda em nada", disse o presidente, em Pequim, nesta sexta-feira, 25.
Acusação
Ricardo Salles voltou a atacar a organização ambiental na quinta-feira, 24. O ministro insinuou que a organização poderia estar por trás do vazamento de óleo que afeta todo o Nordeste do País.
Em sua conta no Twitter, o ministro afirma: "tem umas coincidências na vida né... Parece que o navio do #greenpixe estava justamente navegando em águas internacionais, em frente ao litoral brasileiro bem na época do derramamento de óleo venezuelano..."
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), cobrou uma posição oficial do ministro Ricardo Salles (Meio Ambiente) sobre a origem do vazamento de óleo que desde setembro tem chegado às praias do Nordeste.