Saúde Pública britânica: ONHS está em profunda crise após anos de subfinanciamento sob sucessivos governos conservadores (AFP/AFP Photo)
AFP
Publicado em 20 de janeiro de 2023 às 14h12.
Última atualização em 20 de janeiro de 2023 às 14h36.
A saúde pública britânica pode viver a maior greve de sua história em 6 de fevereiro, após o anúncio, nesta sexta-feira, 20, de novas greves de funcionários de ambulâncias, que se juntarão aos enfermeiros para exigir melhores condições e salários.
Após dois dias de paralisação histórica em dezembro e outros dois em janeiro, milhares de enfermeiros planejam voltar à greve nos dias 6 e 7 de fevereiro na Inglaterra.
O GMB, sindicato de funcionários de ambulâncias que inclui paramédicos e telefonistas, já havia anunciado na quarta-feira que se juntaria à ação em 6 de fevereiro. E hoje, o sindicato Unite informou que milhares de seus trabalhadores de ambulâncias também o farão na Inglaterra e no País de Gales, ameaçando gerar a maior greve desde a fundação da saúde pública, em 1948.
LEIA TAMBÉM: Márcio França diz que debateu sobre Porto de Santos com Kassab
O sistema de saúde pública britânico (NHS) está em profunda crise após anos de subfinanciamento sob sucessivos governos conservadores.
O governo conservador de Rishi Sunak acusa os grevistas de colocar os pacientes em perigo e quer introduzir serviços mínimos em algumas áreas.
"Ao invés de agir para proteger o NHS e negociar o fim do conflito, o governo escolheu vergonhosamente demonizar os funcionários de ambulância", disse a secretária-geral do Unite, Sharon Graham, em comunicado.
“Não são os sindicatos que estão violando os níveis mínimos de serviço: é a gestão desastrosa do NHS por este governo que o levou ao ponto de ruptura”, afirmou.
O Unite anunciou na sexta-feira um total de dez novos dias de ação de seus trabalhadores de ambulância em diferentes partes do país entre o final de janeiro e o final de março.