Ato no Rio: para Aldo Rebelo, protestos da última quinta tiveram motivações específicas (Fernando Frazão/Agência Brasil)
Da Redação
Publicado em 16 de maio de 2014 às 17h06.
Rio - Os protestos realizados na última quinta-feira no Rio, que reuniram 1,5 mil pessoas de acordo com cálculos da Polícia Militar, não foram contra a Copa do Mundo.
Ao menos esta é a avaliação do prefeito da cidade, Eduardo Paes, e do ministro do Esporte, Aldo Rebelo, que considera ainda que o movimento está se enfraquecendo.
"Há uma redução no tamanho e no impacto dessas manifestações. Acho que as pessoas, mesmo tendo suas reivindicações, vão se voltando mais ao momento de festa que é a Copa e no Brasil principalmente, onde o futebol, mais do que um esporte, é um elemento da identidade da nossa população", afirmou Aldo Rebelo.
Para o ministro, os protestos da última quinta tiveram motivações específicas, sendo que a Copa do Mundo acabou sendo usada como pano de fundo.
"É difícil de se encontrar uma categoria, de jornalista a professor, que não tenha feito ou tentado fazer uma greve na vida. E a Copa do Mundo é o momento em que essas reivindicações, por parte das lideranças ou das categorias, buscam uma projeção maior", avaliou.
O prefeito Eduardo Paes, que concedeu entrevista coletiva ao lado de Aldo Rebelo, durante encontro sobre a Copa do Mundo realizado no Rio, tem a mesma opinião.
"Nós vivemos ano passado um processo absolutamente característico de um país democrático, que as pessoas podem se manifestar, pressionar as autoridades. O que aconteceu, em minha opinião, é que grupos de interesses específicos encamparam esses grandes movimentos para colocar suas agendas, como se elas tivessem relação. Sempre foi claro pra gente que não tinham", enfatizou.
"Acho que o brasileiro que respeita seu país, que preza pela democracia, pelo direito de manifestar-se, ele continua atento, continua observando, continua cobrando e é bom que seja assim", prosseguiu o prefeito.
"Mas o brasileiro sabe que a Copa do Mundo é uma enorme oportunidade para o nosso país, sabe que essa é uma festa que encanta a todos os brasileiros e não quer que essa grande festa, que tem impactos econômicos importantes para o nosso país, seja transformada num problema para o Brasil".