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“Governo Temer é a única saída posta”, diz Renan

Em entrevista a site, presidente do Senado afirmou que é preciso ter "compreensão" com o governo interino e disse não ter medo de ser afastado pelo STF.

O presidente do Senado, Renan Calheiros (Paulo Whitaker/REUTERS)

O presidente do Senado, Renan Calheiros (Paulo Whitaker/REUTERS)

Mariana Desidério

Mariana Desidério

Publicado em 11 de junho de 2016 às 10h24.

São Paulo – O presidente do Senado Renan Calheiros (PMDB) afirmou que “o governo Michel Temer é a única saída posta” no momento para o país superar a crise em que se encontra. A declaração foi feita em entrevista ao UOL.

Questionado sobre a gestão do presidente interino, o senador respondeu:

“Qualquer inicio de governo tem dificuldades, especialmente aqueles derivados de um quadro de imprevisibilidade. Há desalinhos aqui e ali na montagem de governo e erros em algumas conduções. Mas isso não condena um governo (...) É preciso ter compreensão com o quadro no qual esse governo assumiu e paciência quanto aos resultados. Eu quero ajudar o Brasil. É meu dever e o governo Michel Temer é a única saída posta.”

Sobre a votação do impeachment da presidente Dilma Rousseff, Calheiros disse ao UOL que não votará na decisão final, assim como não votou na ocasião em que o Senado admitiu o processo contra a presidente. Reafirmou ainda ser contra a redução do prazo para defesa no processo.

“Acima da sofreguidão por encurtar prazos estão o sagrado direito de defesa e o respeito ao contraditório. Se quiserem diminuir, que o façam no relatório, no tempo destinado à acusação, nos prazos para procedimentos burocráticos, menos nos prazos da defesa”, disse.

Calheiros é alvo de um pedido de prisão feito pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, assim como seus colegas de partido senador Romero Jucá e ex-presidente José Sarney. A decisão está nas mãos do STF.

Sobre o assunto, Calheiros disse ao UOL que não tem medo de ser afastado pelo STF (como ocorreu com o deputado Eduardo Cunha, ex-presidente da Câmara) e que nunca tratou de propina com o ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado, em cujas gravações está baseado o pedido de prisão feito por Janot.

Em uma das gravações, o parlamentar chama o procurador-geral de “mau caráter”. Sobre esse tema, disse na entrevista que “parlamentar é eleito para ter opinião”.

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