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Governo prevê licitação de trem de alta velocidade em maio

Segundo fontes da ANTT, as empresas interessadas, nacionais ou estrangeiras, poderão apresentar ofertas até 30 de abril de 2013


	Teste do novo trem-bala na China: o projeto se arrasta há praticamente quatro anos e faz parte dos preparativos para a Copa do Mundo de 2014
 (ChinaFotoPress/Getty Images)

Teste do novo trem-bala na China: o projeto se arrasta há praticamente quatro anos e faz parte dos preparativos para a Copa do Mundo de 2014 (ChinaFotoPress/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 23 de agosto de 2012 às 14h10.

Brasília - O governo brasileiro anunciou nesta quinta-feira a retomada do projeto para a construção de um trem de alta velocidade entre o Rio de Janeiro e São Paulo, uma obra calculada em R$ 33,3 bilhões e que tem licitação prevista para maio de 2013.

A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) publicou em seu portal os detalhes da licitação, que terá uma fase prévia de consultas à população, que poderá fazer "sugestões" sobre o projeto até 24 de setembro.

Segundo fontes da ANTT, as empresas interessadas, nacionais ou estrangeiras, poderão apresentar ofertas até 30 de abril de 2013 e a licitação será fixada para o dia 29 de maio.

O processo será dividido em duas fases. Na primeira, será escolhida a empresa ou consórcio responsável pela fabricação dos trens, com a obrigação de transferência de tecnologia e de operaração do sistema.

Na segunda fase, serão eleitos os responsáveis pela construção dos trilhos, das estações e do resto da infraestrutura necessária para o funcionamento do trem.

O projeto se arrasta há praticamente quatro anos e faz parte dos preparativos para a Copa do Mundo de 2014.

No entanto, três licitações anteriores foram declaradas nulas, pois as empresas interessadas rejeitaram certas exigências do governo, como os preços considerados baixos para as passagens.


A última licitação foi realizada em julho de 2011, quando pela terceira vez o processo foi invalidado.

Até agora, empresas da Coreia do Sul, França, Espanha, Japão e Alemanha demonstraram interesse no projeto, que pretende construir uma linha de alta velocidade ao longo de 510 quilômetros entre as cidades do Rio de Janeiro e São Paulo, de onde sairia uma segunda linha de 97 quilômetros até a cidade de Campinas.

Nos últimos meses, autoridades espanholas também avisaram o governo brasileiro que pretendem participar da licitação em função da vasta experiência em trens de alta velocidade, com empresas como a Ineco e a Renfe.

O governo propôs que 60% da obra seja financiada com créditos dos bancos públicos brasileiros, sugestão inclusive que já foi aceita pelo Congresso.

Segundo os cálculos das autoridades, o primeiro trem de alta velocidade da América do Sul transportaria cerca de 33 milhões de pessoas no primeiro ano de operação, e esse número poderia chegar a 100 milhões em 2030.

O projeto foi considerado complexo por muitos especialistas, já que implicará na construção de 90,9 quilômetros de túneis e de outros 107,8 quilômetros de pontes e viadutos para salvar os rios e poder passar pelos desníveis do relevo que apresentam as duas serras que separam São Paulo do Rio de Janeiro.

A retomada do projeto foi anunciada uma semana depois da apresentação de um ambicioso plano de concessões para o setor privado, no valor de R$ 133 bilhões, com o qual o governo pretende melhorar a antiga infraestrutura do país e alavancar a atividade econômica. 

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