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Governo perde espaço, mas mantém hegemonia no Congresso

Na Câmara, os nove partidos que apoiam a candidatura de Dilma à reeleição somaram 294 deputados, mais da metade das 513 cadeiras

Congresso: coligação liderada pelo PT mantém hegemonia no Senado e na Câmara dos Deputados (Pedro França/Agência Senado)
DR

Da Redação

Publicado em 6 de outubro de 2014 às 16h23.

Brasília - Caso seja reeleita no segundo turno, a presidente Dilma Rousseff terá no Congresso uma coalizão capaz de controlar a Câmara dos Deputados e o Senado , de acordo com os dados finais divulgados nesta segunda-feira pela Justiça Eleitoral.

Na Câmara, os nove partidos que apoiam a candidatura de Dilma à reeleição somaram 294 deputados, mais da metade das 513 cadeiras. Apesar de ter mantido a maior bancada, 70 deputados, o PT perdeu 16 em relação a atual composição.

O grande culpado foi o bastião opositor, o estado de São Paulo, o maior colégio eleitoral do país, onde o PT elegeu dez deputados, contra os 15 que tinha em 2010.

A segunda maior bancada continuará a ser a do PMDB, com 66 cadeiras.

De acordo com analistas consultados pela Agência Efe, uma vitória de Dilma poderá reavivar a disputa pela presidência das câmaras entre os dois partidos, que tradicionalmente se revezam no comando da casa.

A consistência desta aliança de governabilidade que o PT forjou durante os dois mandatos de Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2010) será posta a prova caso Aécio Neves, do PSDB, chegue à presidência no segundo turno, que acontece em 26 de outubro.

O PSDB ganhou dez deputados e chegou aos 54, se colocando como a terceira força do Congresso.

A próxima legislatura terá uma Câmara dos Deputados mais fragmentada, com representação de 28 partidos políticos, seis a mais que hoje.

No domingo foram escolhidos 198 deputados que pela primeira vez ocuparão este cargo, na maior renovação desde a redemocratização do país. Ao mesmo tempo, 70% dos atuais legisladores foram reeleitos.

O deputado mais votado do país foi o apresentador Celso Russomanno, do PRB-SP, seguido pelo palhaço Tiririca (PR-SP), cada um com mais de um milhão de votos.

O terceiro deputado mais votado do país foi o conservador Jair Bolsonaro (PP), do Rio de Janeiro, que exalta a ditadura militar (1964-1985) e na quarta posição ficou o pastor Marco Feliciano, muito criticado pelo discurso vigoroso contra os direitos civis dos homossexuais.

No Senado, se Dilma for reeleita também manterá a casa, já que o PMDB se manteve como principal força apesar de ter perdido uma cadeira (ficou com 18), e PT também ter perdido um senador (ficou com 12).

O partido que mais cresceu nestas eleições foi o PSB, que teve Marina Silva como candidata à presidência após a morte de seu líder, Eduardo Campos.

O PSB ganhou três e passará a contar com sete representantes, entre eles Romário, o senador mais votado no Rio de Janeiro, que trocará a Câmara dos Deputados pelo Senado.

Na casa o PT perdeu um de seus nomes mais importantes na Câmara Alta, Eduardo Suplicy, senador por 24 anos, derrotado em São Paulo por José Serra, do PSDB. Mesmo assim, os tucanos perderam duas cadeiras no Senado.

Outro que deixará o Senado depois de duas décadas de alta influência e de domínio é José Sarney, ex-presidente entre 1985 e 1990, que decidiu se aposentar.

Outro ex-presidente, Fernando Collor, que renunciou em 1992 antes de ser julgado pelo impeachment, foi reeleito ao senado pelo estado de Alagoas.

Este novo Congresso receberá em 2015 o presidente escolhido no segundo turno das eleições, disputado entre Dilma Rousseff, que teve 41,59% dos votos no primeiro turno, e Aécio Neves, que conquistou 33,55%.

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O grande culpado foi o bastião opositor, o estado de São Paulo, o maior colégio eleitoral do país, onde o PT elegeu dez deputados, contra os 15 que tinha em 2010.

A segunda maior bancada continuará a ser a do PMDB, com 66 cadeiras.

De acordo com analistas consultados pela Agência Efe, uma vitória de Dilma poderá reavivar a disputa pela presidência das câmaras entre os dois partidos, que tradicionalmente se revezam no comando da casa.

A consistência desta aliança de governabilidade que o PT forjou durante os dois mandatos de Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2010) será posta a prova caso Aécio Neves, do PSDB, chegue à presidência no segundo turno, que acontece em 26 de outubro.

O PSDB ganhou dez deputados e chegou aos 54, se colocando como a terceira força do Congresso.

A próxima legislatura terá uma Câmara dos Deputados mais fragmentada, com representação de 28 partidos políticos, seis a mais que hoje.

No domingo foram escolhidos 198 deputados que pela primeira vez ocuparão este cargo, na maior renovação desde a redemocratização do país. Ao mesmo tempo, 70% dos atuais legisladores foram reeleitos.

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O terceiro deputado mais votado do país foi o conservador Jair Bolsonaro (PP), do Rio de Janeiro, que exalta a ditadura militar (1964-1985) e na quarta posição ficou o pastor Marco Feliciano, muito criticado pelo discurso vigoroso contra os direitos civis dos homossexuais.

No Senado, se Dilma for reeleita também manterá a casa, já que o PMDB se manteve como principal força apesar de ter perdido uma cadeira (ficou com 18), e PT também ter perdido um senador (ficou com 12).

O partido que mais cresceu nestas eleições foi o PSB, que teve Marina Silva como candidata à presidência após a morte de seu líder, Eduardo Campos.

O PSB ganhou três e passará a contar com sete representantes, entre eles Romário, o senador mais votado no Rio de Janeiro, que trocará a Câmara dos Deputados pelo Senado.

Na casa o PT perdeu um de seus nomes mais importantes na Câmara Alta, Eduardo Suplicy, senador por 24 anos, derrotado em São Paulo por José Serra, do PSDB. Mesmo assim, os tucanos perderam duas cadeiras no Senado.

Outro que deixará o Senado depois de duas décadas de alta influência e de domínio é José Sarney, ex-presidente entre 1985 e 1990, que decidiu se aposentar.

Outro ex-presidente, Fernando Collor, que renunciou em 1992 antes de ser julgado pelo impeachment, foi reeleito ao senado pelo estado de Alagoas.

Este novo Congresso receberá em 2015 o presidente escolhido no segundo turno das eleições, disputado entre Dilma Rousseff, que teve 41,59% dos votos no primeiro turno, e Aécio Neves, que conquistou 33,55%.

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