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Governo não tem votos para aprovar projetos, diz Maia a jornal

Segundo o presidente da Câmara, os governistas precisarão reorganizar a base, após a Casa derrubar duas denúncias contra o presidente Michel Temer

"Daqui para a frente, qualquer matéria polêmica vai precisar de uma reorganização da base", disse Maia à Folha (Ueslei Marcelino/Reuters)

"Daqui para a frente, qualquer matéria polêmica vai precisar de uma reorganização da base", disse Maia à Folha (Ueslei Marcelino/Reuters)

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Reuters

Publicado em 27 de outubro de 2017 às 08h04.

Rio de Janeiro - O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo publicada nesta sexta-feira que o governo não tem mais força para aprovar projetos importantes e vai precisar reorganizar a base, após a Casa derrubar duas denúncias contra o presidente Michel Temer.

Segundo Maia, o placar da segunda votação --251 votos a 233, menor do que os 257 votos que representam a maioria absoluta dos 513 deputados e bastante aquém do quórum constitucional de 308 votos para aprovar Propostas de Emenda à Constituição (PEC)-- não foi ruim diante da situação, mas o governo perdeu condições de aprovar seus principais projetos.

"Daqui para a frente, qualquer matéria polêmica vai precisar de uma reorganização da base", disse Maia à Folha.

"Na primeira denúncia, eu já achava que era preciso reorganizar a base. Agora o governo tem que ter paciência, porque ele não tem votos para aprovar matérias importantes. Pacificar a base é mais inteligente que buscar culpados. E tem que tomar cuidado para não buscar o culpado errado", acrescentou.

O presidente da Câmara já havia afirmado na quinta-feira, em entrevista ao portal UOL, que Temer precisa reorganizar a base e ouvir as lideranças partidárias, que demandam, inclusive, mudanças no primeiro escalão do governo.

O deputado disse ter ouvido de deputados que é necessário um rearranjo de forças na estrutura ministerial para ajustar a base e consolidá-la a ponto de aprovar matérias polêmicas de interesse do governo, como a reforma da Previdência e os projetos que complementam a lei orçamentária para o próximo ano.

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