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Governo não tem plano B, diz Guardia sobre reforma da Previdência

Segundo o secretário-executivo do Ministério da Fazenda, "o governo está preparado para aprovar" e não trabalha com o cenário contrário

Michel Temer: para aprovar a reforma na Câmara são necessários os votos de 308 dos 513 deputados em dois turnos (Beto Barata/PR/Divulgação)
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Reuters

Publicado em 7 de dezembro de 2017 às 11h25.

Última atualização em 29 de março de 2018 às 16h08.

Rio de Janeiro - O secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Eduardo Guardia , afirmou nesta quinta-feira que o governo não tem um plano B e que trabalha apenas com o cenário de que a reforma da Previdência será votada em breve.

Segundo ele, o trabalho agora é de convencimento dos parlamentares para aprovar a matéria e que as fortes reações negativas que os mercados financeiros estão mostrando nesta sessão ocorrem porque eles sabem "da importância da reforma da Previdência".

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"O governo está preparado para aprovar e não trabalhamos com o cenário de não aprovar a reforma", disse Guardia em evento da Comissão de Valores Mobiliários realizado no Rio de Janeiro.

"Não tem saída. Tem que aprovar a reforma. Já temos um gasto alto, o mercado sabe disso e olha para isso", completou.

Apesar do discurso otimista de lideranças da base nos últimos dias, o governo do presidente Michel Temer decidiu adiar para esta quinta-feira uma decisão sobre se a nova versão da reforma da Previdência será colocada em votação no plenário da Câmara dos Deputados na próxima semana.

Diante disso, o mercado reagia nesta sessão, com o dólar em alta de quase 2 por cento contra o real, as taxas dos contratos futuros de juros mais longos avançando com força e o Ibovespa em queda de cerca de 2,5 por cento.

"O momento é de organizar a base, e o mercado reage com mais ou menos ansiedade aos fatos políticos. O ideal é aprovar agora na Câmara e já iniciar o próximo ano discutindo no Senado", disse ele.

Para aprovar a reforma na Câmara são necessários os votos de 308 dos 513 deputados em dois turnos de votações no plenário da Casa. Posteriormente, a Proposta de Emenda à Constituição que muda as regras previdenciárias terá ainda de ser analisada pelo Senado.

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