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Governo não reconhece alertas de desmatamento do Imazon

Imazon divulgou na última semana dados que detectaram 838 quilômetros quadrados de desmatamento na Amazônia Legal em agosto e setembro deste ano

Desmatamento na Amazônia: governo não reconheceu números divulgados pelo Imazon (Ricado Lima/Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 20 de outubro de 2014 às 16h15.

Brasília - O Ministério do Meio Ambiente ( MMA ) informou hoje (20) que as informações do Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD) do instituto Imazon não são oficiais e, portanto, não reconhecidas pelo governo federal.

Em nota, o MMA esclarece que os dados oficiais do desmatamento na Amazônia Legal são do Projeto de Monitoramento da Floresta Amazônica por Satélites (Prodes), sistema do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) que é divulgado uma vez por ano em novembro, mês escolhido por anteceder a Conferência das Partes de Mudanças Climáticas da Organização das Nações Unidas, que este ano será em Lima, no Peru, de 1º a 12 de dezembro.

O Imazon divulgou na última semana os dados do SAD que detectaram 838 quilômetros quadrados (km²) de desmatamento na Amazônia Legal em agosto e setembro deste ano.

Isso representou um aumento de 191% em relação ao mesmo período do ano passado, quando os alertas indicaram 288 km² de desmatamento.

O instituto, fundado em 1990, promove o desenvolvimento sustentável na Amazônia por meio de estudos, apoio à formulação de políticas públicas, disseminação ampla de informações e formação profissional.

Devido à cobertura de nuvens, o sistema do Imazon monitorou 93% da área florestal, enquanto, em setembro de 2013, o monitoramento cobriu uma área menor do território, 79%.

Segundo a organização, o SAD é similar ao Sistema de Detecção de Mapeamento em Tempo Real (Deter), feito mensalmente pelo Inpe, com o uso de imagens que permietam detectar desmatamento com área maior que 25 hectares e que serve apenas para orientar a fiscalização em terra.

Desde o início do ano, a pedido da fiscalização, a divulgação do Deter ocorre de acordo com o planejamento das operações contra o desmatamento, sem periodicidade definida, explica a nota do MMA. Neste ano, os dados foram divulgados três vezes.

Na última vez, em julho, havia um acumulado de 3.035 km² de alertas de desmatamento entre agosto de 2013 e julho de 2014, o período de referência para cálculo do desmatamento na Amazônia Legal.

De agosto de 2012 a julho de 2013, foram emitidos 2.765 km² de alertas, aumento de 9,76% em um ano.

O ministério diz ainda que, com a divulgação dos dados do Prodes, no final deste ano, está previsto o anúncio do Novo Deter, um aprimoramento do sistema que usará imagens de satélite com resolução mais precisa, que capta área de 6,25 hectares.

Em 2013, após quatro anos em queda, a taxa de desmatamento medida pelo Prodes cresceu 29% em relação ao período anterior – agosto de 2011 a julho de 2012.

O Prodes, o Projeto de Mapeamento da Degradação Florestal na Amazônia Brasileira (Degrad) e o Deter formam o conjunto de sistemas para o monitoramento e acompanhamento do estado da Amazônia Legal.

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Brasília - O Ministério do Meio Ambiente ( MMA ) informou hoje (20) que as informações do Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD) do instituto Imazon não são oficiais e, portanto, não reconhecidas pelo governo federal.

Em nota, o MMA esclarece que os dados oficiais do desmatamento na Amazônia Legal são do Projeto de Monitoramento da Floresta Amazônica por Satélites (Prodes), sistema do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) que é divulgado uma vez por ano em novembro, mês escolhido por anteceder a Conferência das Partes de Mudanças Climáticas da Organização das Nações Unidas, que este ano será em Lima, no Peru, de 1º a 12 de dezembro.

O Imazon divulgou na última semana os dados do SAD que detectaram 838 quilômetros quadrados (km²) de desmatamento na Amazônia Legal em agosto e setembro deste ano.

Isso representou um aumento de 191% em relação ao mesmo período do ano passado, quando os alertas indicaram 288 km² de desmatamento.

O instituto, fundado em 1990, promove o desenvolvimento sustentável na Amazônia por meio de estudos, apoio à formulação de políticas públicas, disseminação ampla de informações e formação profissional.

Devido à cobertura de nuvens, o sistema do Imazon monitorou 93% da área florestal, enquanto, em setembro de 2013, o monitoramento cobriu uma área menor do território, 79%.

Segundo a organização, o SAD é similar ao Sistema de Detecção de Mapeamento em Tempo Real (Deter), feito mensalmente pelo Inpe, com o uso de imagens que permietam detectar desmatamento com área maior que 25 hectares e que serve apenas para orientar a fiscalização em terra.

Desde o início do ano, a pedido da fiscalização, a divulgação do Deter ocorre de acordo com o planejamento das operações contra o desmatamento, sem periodicidade definida, explica a nota do MMA. Neste ano, os dados foram divulgados três vezes.

Na última vez, em julho, havia um acumulado de 3.035 km² de alertas de desmatamento entre agosto de 2013 e julho de 2014, o período de referência para cálculo do desmatamento na Amazônia Legal.

De agosto de 2012 a julho de 2013, foram emitidos 2.765 km² de alertas, aumento de 9,76% em um ano.

O ministério diz ainda que, com a divulgação dos dados do Prodes, no final deste ano, está previsto o anúncio do Novo Deter, um aprimoramento do sistema que usará imagens de satélite com resolução mais precisa, que capta área de 6,25 hectares.

Em 2013, após quatro anos em queda, a taxa de desmatamento medida pelo Prodes cresceu 29% em relação ao período anterior – agosto de 2011 a julho de 2012.

O Prodes, o Projeto de Mapeamento da Degradação Florestal na Amazônia Brasileira (Degrad) e o Deter formam o conjunto de sistemas para o monitoramento e acompanhamento do estado da Amazônia Legal.

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