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Governo não consegue reverter impopularidade, diz Cunha

Segundo presidente da Câmara, o governo da petista não tem ações para reverter a queda de popularidade

Presidente da Câmara Eduardo Cunha: "o governo vai, com isso, perdendo bastante da sua credibilidade" (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)
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Da Redação

Publicado em 6 de agosto de 2015 às 14h14.

Brasília - O presidente da Câmara, Eduardo Cunha ( PMDB -RJ), afirmou nesta quinta, 6, que o governo Dilma Rousseff está em um nível grande de impopularidade e não consegue reverter o quadro.

De acordo com pesquisa divulgada nesta quinta-feira pelo instituto Datafolha, a reprovação da presidente chegou a 71%, ultrapassando o pior momento do governo de Fernando Collor.

Para Cunha, o governo da petista não tem ações para reverter a queda de popularidade.

"O governo vai, com isso, perdendo bastante da sua credibilidade, perdendo bastante do seu apoiamento na sociedade como um todo e reflete no Congresso", afirmou.

Na noite dessa quarta, 5, com ação contrária inclusive da base aliada, o governo sofreu mais uma derrota.

O plenário da Casa aprovou em primeiro turno o texto principal da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que eleva salários na Advocacia-Geral da União (AGU) e outras carreiras, gerando um impacto adicional aos cofres federais de R$ 2,45 bilhões ao ano.

São Paulo - Num almoço com empresários realizado nesta segunda-feira, o presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ) usou boa parte do seu discurso para criticar o governo de Dilma Rousseff e defender a independência do Legislativo. Enquanto a plateia almoçava, Cunha alternava na sua fala críticas à política econômica atual com explicações detalhadas sobre o regimento da Casa que comanda desde fevereiro deste ano. A cada comentário mais inflamado - como quando falou sobre a abertura da CPI do BNDES ou sobre seu arrependimento de ter votado a favor da aliança do PMDB com o PT - aplausos enchiam o recinto. Cerca de 500 empresários participaram do encontro - organizado pelo Grupo de Líderes Empresariais (Lide). O número, segundo João Dória Jr., que preside a entidade, é maior do que o registrado nos debates com presidenciáveis realizados no ano passado. O clima de “comício” só mudou quando as perguntas dos convidados se voltaram para o “projeto de Cunha para o Brasil”, uma alusão aos boatos de que o parlamentar se candidataria nas próximas eleições. “Não sou candidato a nada”, disse o deputado. “Só sou candidato a cumprir o que prometi na minha campanha”. Questionado sobre os pedidos de impeachment da presidente Dilma que chegaram à Câmara recentemente, ele afirmou que irá analisá-los de forma técnica. "Minha opinião é muito clara e não mudou uma vírgula. O impeachment não pode ser tratado como recurso eleitoral", disse.  Se do lado de dentro sobravam aplausos, do lado de fora do evento, ouviam-se vaias. “Cunha pode esperar. A sua hora vai chegar”, gritava um grupo de estudantes contrários a redução da maioridade penal e a atuação de Cunha. Lava Jato Em depoimento à Operação Lava Jato, o lobista Julio Camargo acusou Eduardo Cunha de receber 5 milhões de dólares de propina. O valor, segundo o delator, seria para garantir a manutenção de contratos com a Samsung, representada por Camargo, com a Petrobras. Um dia depois do depoimento, Cunha negou as acusações e se posicionou diante de dezenas de jornalistas para anunciar o fim das relações com a presidente Dilma Rousseff. “Eu, a partir de hoje, me considero em rompimento pessoal com o governo”. Na tarde desta segunda-feira, Cunha se recusou a responder qualquer pergunta que envolvesse a investigação. “Sigo as orientações do meu advogado”, disse aos jornalistas. “Ele deve achar que falo muito”.
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