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Governo muda cálculo e atinge meta de emprego em 2010

Em dezembro, o Ministro do Trabalho, Carlos Lupi, havia garantido que a meta seria cumprida

Carlos Lupi, ministro do Trabalho e Emprego (José Cruz/ABr)

Carlos Lupi, ministro do Trabalho e Emprego (José Cruz/ABr)

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Da Redação

Publicado em 18 de janeiro de 2011 às 15h59.

Brasília - A economia brasileira criou mais de 2,5 milhões de vagas de empregos formais em 2010, apesar de ter cortado quase meio milhão de postos, mostraram dados do Ministério do Trabalho e Emprego nesta terça-feira.

As informações do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) mostraram criação de 2,524 milhões de vagas em 2010, atendendo à meta do governo de abertura de 2,5 milhões de empregos. Em dezembro, o Ministro do Trabalho, Carlos Lupi, havia garantido que a meta seria cumprida.

O número, no entanto, só foi atingido com a antecipação da divulgação do Rais, que concentra os dados de servidores públicos e informações de celetistas repassadas fora do prazo. Geralmente, o dado só é apresentado no meio do ano.

O Ministério afirmou que, a partir de agora, os dados do Rais serão divulgados mensalmente para "reduzir a distância" entre os indicadores.

Sem a antecipação do dado, o número de empregos criados no ano seria de 2.136.947.

"Não há manipulação, a informação é a mesma, o dado é o mesmo, a metodologia é a mesma, apenas estou antecipando a divulgação", disse Lupi a jornalistas.

No mês passado, foram cortados 407.510 postos de trabalho com carteira assinada. O recuo se deve a fatores sazonais negativos, como a entressafra agrícola, o término do período escolar e fatores climáticos.

"Dezembro temos os contratos temporários terminados, especialmente no setor de serviço de indústria, indústria alimentícia... esse é um efeito sazonal que sempre ocorre, sempre acima de 300 mil (cortes)", afirmou Lupi.

Os únicos setores que criaram vagas em dezembro foram o comércio, devido às vendas de final de ano, e os serviços industriais de utilidade pública.

Pela primeira vez na série do Caged, iniciada em 1992, o número de empregos formais gerados no ano ultrapassou a marca de 2 milhões de vagas. Lupi atribuiu à retomada da economia em 2010 após a crise mundial para o recorde.

Para este ano, a previsão é de que o país crie cerca de 3 milhões de vagas formais de emprego, afirmou Lupi. Ele acrescentou que a expectativa para janeiro "é bem positiva", mas não deu números.

"Serviços deve continuar puxando mais fortemente, comércio também deve avançar muito bem, e a construção civil", disse Lupi.

Para 2011, a previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) é de 4,5 por cento, abaixo do crescimento estimado para 2010, de 7,5 por cento.

Lupi creditou às vagas a serem criadas pelo Programa de Aceleração de Crescimento 2 (PAC) e o Minha Casa, Minha Vida, além dos preparativos para a Copa do Mundo de 2014 e a Olimpíada de 2016, para uma meta maior.

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