Brumadinho: Rompimento causou 60 mortes, até agora, e deixou centenas de desaparecidos (Washington Alves/Reuters)
Estadão Conteúdo
Publicado em 28 de janeiro de 2019 às 17h41.
Última atualização em 12 de fevereiro de 2019 às 14h37.
Sorocaba - O Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul) anunciou nesta segunda-feira, 28, a formação de um grupo de trabalho para fiscalizar, em caráter emergencial, uma barragem da Vale em Corumbá, na região oeste do Estado. A Barragem de Gregório, na Morraria do Urucum, é similar à de Brumadinho (MG), que se rompeu na última sexta-feira, 25, e considerada de dano potencial alto. A capacidade, de 9,3 milhões de m³ de rejeitos de minério de ferro, é pouco menor que a da barragem que rompeu, de 12 milhões de m³. Em caso de rompimento, os rejeitos afetariam o bioma do Pantanal.
Conforme o governo do MS, duas outras barragens de rejeitos de mineração em Corumbá, das empresas MMX e Vetorial, também serão fiscalizadas a partir desta terça-feira (29). "O Estado quer ter essa segurança em relação às barragens de Corumbá, onde três das dez em atividade são de alto risco. Depois do que aconteceu em Brumadinho, precisamos nos certificar de que não corremos nenhum risco de um acidente de grandes proporções", disse o secretário estadual de Meio Ambiente, Jaime Verruck. "A vistoria vai tranquilizar o Estado, a empresa e principalmente a comunidade que vive no local", afirmou.
O grupo de trabalho inclui agentes e técnicos do Ibama, Agência Nacional de Mineração (ANM), Corpo de Bombeiros, Polícia Militar Ambiental e Defesa Civil, além do Imasul. Antes das vistorias in loco, a equipe se reúne, nesta terça, com representantes da Vale, MMX e Vetorial para analisar os planos de monitoramento das barragens e os sistemas de segurança.