Governo lança linha de crédito para digitalização de cinemas
A linha terá dotação de R$ 146 milhões, oriundos do Fundo Setorial do Audiovisual, que serão investidos na promoção da atualização tecnológica do parque exibidor nacional
Da Redação
Publicado em 31 de janeiro de 2013 às 18h01.
Rio de Janeiro - Em parceria com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e a Agência Nacional do Cinema (Ancine), o Ministério da Cultura lançou hoje (31), no Rio de Janeiro, uma nova linha de crédito voltada à digitalização das salas de cinema, dentro do Programa Cinema Mais Perto de Você.
A linha terá dotação de R$ 146 milhões, oriundos do Fundo Setorial do Audiovisual, que serão investidos na promoção da atualização tecnológica do parque exibidor nacional, de modo a adequá-lo ao processo de modernização em curso atualmente no mundo.
O presidente da Ancine, Manoel Rangel, disse à Agência Brasil que o programa atende a um anseio antigo dos exibidores brasileiros. “Ele faz parte dos esforços do governo federal, do Ministério da Cultura e da Ancine para expandir o parque exibidor brasileiro, fortalecer as empresas brasileiras que atuam na exibição e fazer um grande mercado interno acessível aos brasileiros, aos filmes feitos no Brasil e às distribuidoras nacionais”.
Rangel explicou que a digitalização é um processo que ocorre em todos os países hoje e que vem se acelerando nos últimos anos. “Com o lançamento desse programa de digitalização, nós estamos equiparando o Brasil com o que os maiores países do mundo estão fazendo, para que as mais de 240 empresas que atuam no mercado exibidor possam garantir a permanência, o funcionamento e a modernização das suas salas e, portanto, fortalecer o mercado interno”.
Na avaliação da ministra da Cultura, Marta Suplicy, a linha de crédito representa “uma janela de oportunidades gigantesca” para o cinema nacional. “Nós queremos mais salas de cinema abertas. E isso é uma economia muito grande para os produtores porque, por meio da digitalização, você não só barateia, mas evita a logística”.
A ministra não tem dúvidas que, com a digitalização das salas de exibição, o cinema do Brasil entra em uma nova era, mais avançada. “Desde que a presidenta Dilma disponibilizou R$ 700 milhões para a Ancine, nós entramos [em uma nova época]”, disse. “Agora, vamos acontecer”. Para o público exibidor especificamente, Marta disse que se trata de um investimento de vulto que permitirá a modernização das salas.
A ministra acrescentou que junto com o vale-cultura, a digitalização das salas vai fazer com que o cinema brasileiro tenha novas possibilidades. “As salas de cinema hoje têm dificuldade, às vezes, de ter público com capacidade de acesso. Recurso mesmo para pagar cinema toda semana. Com o vale-cultura, isso vai melhorar muito. As pessoas assalariadas que recebem até cinco salários mínimos a que o empregador entrar no vale-cultura vão poder ir ao cinema várias vezes por mês. Então, nós temos que ter mais salas”.
Marta diz que a linha de crédito para digitalização é um “chamamento para a abertura” de novas salas de cinema. Para os exibidores que estejam, talvez, desanimados e pensem em fechar suas salas, ela deu o recado: “Se você tem uma [sala] que quer fechar, não fecha não, porque vai bombar”.
O presidente da Federação Nacional das Empresas Exibidoras Cinematográficas (Feneec), Paulo Lui, demonstrou entusiasmo com o lançamento da linha de crédito. “Vejo com bastante entusiasmo e otimismo. Porque, finalmente, estão pensando na exibição”, disse . “Os exibidores sempre foram meio que alijados dos incentivos. Então, a gente fica muito contente. Essa linha de digitalização é muito importante para nós”.
Lui disse que o setor do audiovisual tem sido contemplado por vários programas de apoio recentemente, entre os quais o Programa BNDES para o Desenvolvimento da Economia da Cultura (Procult), o Programa Cinema Mais Perto de Você e o Regime Especial de Tributação para o Desenvolvimento da Atividade de Exibição Cinematográfica (Recine).
O cineasta Roberto Farias disse que “está apoiando” qualquer nova iniciativa no sentido de dinamizar o cinema. Mesma atitude teve Adhemar de Oliveira, primeiro exibidor beneficiado pelo Programa Cinema Mais Perto de Você, da Ancine, que inaugurou em 2010 o primeiro complexo de salas de exibição em regiões populares no Rio de Janeiro, o Cine10, no bairro do Jardim Sulacap, zona oeste da cidade.
Oliveira disse à Agência Brasil que a medida é ótima. “A gente está feliz porque, depois de muitos anos, é uma medida efetiva, que vai possibilitar a transformação do parque [exibidor]. São 30 anos de espera, pelo menos é o tempo que eu estou no meio e grito desde o começo. E agora se concretiza”.
Rio de Janeiro - Em parceria com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e a Agência Nacional do Cinema (Ancine), o Ministério da Cultura lançou hoje (31), no Rio de Janeiro, uma nova linha de crédito voltada à digitalização das salas de cinema, dentro do Programa Cinema Mais Perto de Você.
A linha terá dotação de R$ 146 milhões, oriundos do Fundo Setorial do Audiovisual, que serão investidos na promoção da atualização tecnológica do parque exibidor nacional, de modo a adequá-lo ao processo de modernização em curso atualmente no mundo.
O presidente da Ancine, Manoel Rangel, disse à Agência Brasil que o programa atende a um anseio antigo dos exibidores brasileiros. “Ele faz parte dos esforços do governo federal, do Ministério da Cultura e da Ancine para expandir o parque exibidor brasileiro, fortalecer as empresas brasileiras que atuam na exibição e fazer um grande mercado interno acessível aos brasileiros, aos filmes feitos no Brasil e às distribuidoras nacionais”.
Rangel explicou que a digitalização é um processo que ocorre em todos os países hoje e que vem se acelerando nos últimos anos. “Com o lançamento desse programa de digitalização, nós estamos equiparando o Brasil com o que os maiores países do mundo estão fazendo, para que as mais de 240 empresas que atuam no mercado exibidor possam garantir a permanência, o funcionamento e a modernização das suas salas e, portanto, fortalecer o mercado interno”.
Na avaliação da ministra da Cultura, Marta Suplicy, a linha de crédito representa “uma janela de oportunidades gigantesca” para o cinema nacional. “Nós queremos mais salas de cinema abertas. E isso é uma economia muito grande para os produtores porque, por meio da digitalização, você não só barateia, mas evita a logística”.
A ministra não tem dúvidas que, com a digitalização das salas de exibição, o cinema do Brasil entra em uma nova era, mais avançada. “Desde que a presidenta Dilma disponibilizou R$ 700 milhões para a Ancine, nós entramos [em uma nova época]”, disse. “Agora, vamos acontecer”. Para o público exibidor especificamente, Marta disse que se trata de um investimento de vulto que permitirá a modernização das salas.
A ministra acrescentou que junto com o vale-cultura, a digitalização das salas vai fazer com que o cinema brasileiro tenha novas possibilidades. “As salas de cinema hoje têm dificuldade, às vezes, de ter público com capacidade de acesso. Recurso mesmo para pagar cinema toda semana. Com o vale-cultura, isso vai melhorar muito. As pessoas assalariadas que recebem até cinco salários mínimos a que o empregador entrar no vale-cultura vão poder ir ao cinema várias vezes por mês. Então, nós temos que ter mais salas”.
Marta diz que a linha de crédito para digitalização é um “chamamento para a abertura” de novas salas de cinema. Para os exibidores que estejam, talvez, desanimados e pensem em fechar suas salas, ela deu o recado: “Se você tem uma [sala] que quer fechar, não fecha não, porque vai bombar”.
O presidente da Federação Nacional das Empresas Exibidoras Cinematográficas (Feneec), Paulo Lui, demonstrou entusiasmo com o lançamento da linha de crédito. “Vejo com bastante entusiasmo e otimismo. Porque, finalmente, estão pensando na exibição”, disse . “Os exibidores sempre foram meio que alijados dos incentivos. Então, a gente fica muito contente. Essa linha de digitalização é muito importante para nós”.
Lui disse que o setor do audiovisual tem sido contemplado por vários programas de apoio recentemente, entre os quais o Programa BNDES para o Desenvolvimento da Economia da Cultura (Procult), o Programa Cinema Mais Perto de Você e o Regime Especial de Tributação para o Desenvolvimento da Atividade de Exibição Cinematográfica (Recine).
O cineasta Roberto Farias disse que “está apoiando” qualquer nova iniciativa no sentido de dinamizar o cinema. Mesma atitude teve Adhemar de Oliveira, primeiro exibidor beneficiado pelo Programa Cinema Mais Perto de Você, da Ancine, que inaugurou em 2010 o primeiro complexo de salas de exibição em regiões populares no Rio de Janeiro, o Cine10, no bairro do Jardim Sulacap, zona oeste da cidade.
Oliveira disse à Agência Brasil que a medida é ótima. “A gente está feliz porque, depois de muitos anos, é uma medida efetiva, que vai possibilitar a transformação do parque [exibidor]. São 30 anos de espera, pelo menos é o tempo que eu estou no meio e grito desde o começo. E agora se concretiza”.