Os empreendimentos envolvem infovias, rodovias, pontes, portos, hidrovias, aeroportos, ferrovias e linhas de transmissão de energia elétrica (Ricardo Stuckert/Flickr)
Agência de notícias
Publicado em 28 de fevereiro de 2024 às 16h29.
O governo brasileiro busca intensificar, nesta quarta e quinta-feira, 28 e 29, o diálogo sobre o projeto das rotas de integração sul-americanas. A ideia é incentivar o comércio nacional com países da América do Sul, além de reduzir o tempo e o custo do transporte de mercadorias entre o Brasil, os países vizinhos e a Ásia.
Para isso, a partir de hoje, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, acompanhado da ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, e dos ministros da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, e dos Transportes Renan Filho, cumpre uma série de agendas bilaterais e trilaterais com autoridades da Guiana e do Suriname na 46ª Conferência de Chefes de Governo da Comunidade do Caribe (Caricom), que está sendo realizada em Georgetown, na Guiana.
O projeto das cinco rotas foi desenhado pelo Ministério do Planejamento e Orçamento, que mapeou, com apoio de 11 Estados brasileiros fronteiriços, cinco rotas prioritárias para estimular a integração - Rota da Ilha das Guianas; Rota Multimodal Manta-Manaus; Rota do Quadrante Rondon; Rota de Capricórnio; e Rota Porto Alegre-Coquimbo.
De acordo com a pasta, as obras das rotas foram cruzadas com as 9,2 mil obras do Novo PAC e resultaram em uma lista de 124 empreendimentos com caráter direto de integração sul-americana, o chamado "PAC da Integração". Os empreendimentos envolvem infovias, rodovias, pontes, portos, hidrovias, aeroportos, ferrovias e linhas de transmissão de energia elétrica.
De acordo com o Planejamento, existe a previsão de aporte de US$ 50 bilhões (US$ 10 bilhões) na integração sul-americana. Tanto o Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) como o banco de desenvolvimento da América Latina e Caribe (CAF) investirão R$ 15 bilhões cada. O Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) irá aportar R$ 17 bilhões e o Fundo Financeiro para o Desenvolvimento da Bacia do Plata (Fonplata), R$ 3 bilhões.