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Governo impõe quarentena remunerada de seis meses a Mandetta

Ex-ministro deverá aguardar antes de atuar no setor privado, e continuará recebendo o salário de ministro neste período, de cerca de R$ 31 mil

Mandetta: ministro foi demitido da liderança da pasta da Saúde no governo Bolsonaro (Ueslei Marcelino/Reuters)

Mandetta: ministro foi demitido da liderança da pasta da Saúde no governo Bolsonaro (Ueslei Marcelino/Reuters)

AO

Agência O Globo

Publicado em 26 de maio de 2020 às 18h25.

Última atualização em 26 de maio de 2020 às 19h38.

A Comissão de Ética Pública da Presidência da República determinou, em reunião nesta terça-feira, um período de quarentena remunerada de seis meses a Luiz Henrique Mandetta. O ex-ministro da Saúde do governo de Jair Bolsonaro deve aguardar seis meses antes de exercer qualquer atividade no setor privado.

Isso significa que Mandetta continuará recebendo o salário de ministro neste período, de cerca de R$ 31 mil, conforme previsto em lei para casos do tipo. O ex-ministro fez uma consulta à comissão, segundo seu presidente, Paulo Henrique dos Santos Lucon, sobre se poderia atuar na área de saúde em organizações privadas.

— Não é vantagem para ele (a quarentena), porque na área privada ganharia mais. Mas ele tem informações privilegiadas na área de saúde, e não poderia atuar no setor privado — disse Lucon ao GLOBO.

Quando Mandetta  foi demitido do ministério, em abril, o DEM ofereceu um cargo a ele um cargo de consultor, para que pudesse continuar aconselhando governadores e prefeitos na crise do coronavírus. Ele aguardava a liberação da Presidência, no entanto, para poder assumir o posto.

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