Governo Federal intervém para frear onda de violência em SP
Entre janeiro e setembro foram registrados 982 assassinatos de civis, 22% mais que no mesmo período do ano passado
Da Redação
Publicado em 6 de novembro de 2012 às 18h07.
São Paulo - O Governo Federal e o de São Paulo uniram nesta terça-feira esforços e definiram uma estratégia para frear a onda de violência que se intensificou nas últimas semanas no maior estado do país.
O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, e o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, anunciaram a adoção imediata de um plano conjunto, negociado por iniciativa da presidente Dilma Rousseff, que ofereceu a ajuda das forças federais na semana passada.
Cardozo assinalou em entrevista coletiva que a situação de violência e segurança pública do país ''tem que ser tratada como uma política de Estado'', independente de o Governo paulista estar nas mãos do opositor PSDB.
Entre as medidas adotadas nesta terça-feira destaque para a criação de uma agência para coordenar o trabalho das forças de segurança estaduais e federais, e a formação de um comitê interdisciplinar para avaliar, a partir da próxima semana, as ações dos dois Governos.
Entre janeiro e setembro foram registrados 982 assassinatos de civis, 22% mais que no mesmo período do ano passado, segundo os dados mais recentes da secretaria regional de Segurança Pública.
Do total de mortos, 41 foram vítimas em 13 chacinas, segundo as autoridades do estado.
A situação mais alarmante aconteceu em setembro, quando foram registradas 135 mortes violentas, o que representa um aumento de 96% em comparação com o mesmo mês do ano passado.
A onda de violência, que se recrudesceu nas últimas semanas, também tirou a vida de 90 policiais, a maioria fora de serviço.
Quase a metade dos homicídios desses policiais, de acordo com as autoridades, têm indícios de assassinato por encomenda.
Apesar do aumento da violência, o Governo descartou a mobilização do Exército nas favelas paulistanas onde operam os grupos armados.
Cardozo justificou que o estado de São Paulo conta com 130 mil policiais militares e 30 mil civis, um número que considerou suficiente para combater o crime organizado.
O plano oficial também contempla o aumento da vigilância policial contra o tráfico de drogas em portos, aeroportos e nas estradas que ligam São Paulo às regiões de fronteira por onde chega a droga.
Outra medida aprovada hoje foi a mudança dos presos envolvidos no assassinato de policiais para prisões de máxima segurança federais, segundo explicou Alckmin.
As autoridades acreditam que os líderes dos grupos de traficantes de drogas comandam das prisões a onda de ataques contra policiais que se intensificaram nas últimas semanas.
Uma ordem similar, em maio de 2006, para transferir para prisões federais os chefes da organização criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) suscitou uma onda de violência que terminou com cerca de 300 assassinatos, graves distúrbios na cidade e rebeliões na maioria das prisões do estado.
São Paulo - O Governo Federal e o de São Paulo uniram nesta terça-feira esforços e definiram uma estratégia para frear a onda de violência que se intensificou nas últimas semanas no maior estado do país.
O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, e o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, anunciaram a adoção imediata de um plano conjunto, negociado por iniciativa da presidente Dilma Rousseff, que ofereceu a ajuda das forças federais na semana passada.
Cardozo assinalou em entrevista coletiva que a situação de violência e segurança pública do país ''tem que ser tratada como uma política de Estado'', independente de o Governo paulista estar nas mãos do opositor PSDB.
Entre as medidas adotadas nesta terça-feira destaque para a criação de uma agência para coordenar o trabalho das forças de segurança estaduais e federais, e a formação de um comitê interdisciplinar para avaliar, a partir da próxima semana, as ações dos dois Governos.
Entre janeiro e setembro foram registrados 982 assassinatos de civis, 22% mais que no mesmo período do ano passado, segundo os dados mais recentes da secretaria regional de Segurança Pública.
Do total de mortos, 41 foram vítimas em 13 chacinas, segundo as autoridades do estado.
A situação mais alarmante aconteceu em setembro, quando foram registradas 135 mortes violentas, o que representa um aumento de 96% em comparação com o mesmo mês do ano passado.
A onda de violência, que se recrudesceu nas últimas semanas, também tirou a vida de 90 policiais, a maioria fora de serviço.
Quase a metade dos homicídios desses policiais, de acordo com as autoridades, têm indícios de assassinato por encomenda.
Apesar do aumento da violência, o Governo descartou a mobilização do Exército nas favelas paulistanas onde operam os grupos armados.
Cardozo justificou que o estado de São Paulo conta com 130 mil policiais militares e 30 mil civis, um número que considerou suficiente para combater o crime organizado.
O plano oficial também contempla o aumento da vigilância policial contra o tráfico de drogas em portos, aeroportos e nas estradas que ligam São Paulo às regiões de fronteira por onde chega a droga.
Outra medida aprovada hoje foi a mudança dos presos envolvidos no assassinato de policiais para prisões de máxima segurança federais, segundo explicou Alckmin.
As autoridades acreditam que os líderes dos grupos de traficantes de drogas comandam das prisões a onda de ataques contra policiais que se intensificaram nas últimas semanas.
Uma ordem similar, em maio de 2006, para transferir para prisões federais os chefes da organização criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) suscitou uma onda de violência que terminou com cerca de 300 assassinatos, graves distúrbios na cidade e rebeliões na maioria das prisões do estado.