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Governo fecha acordo com Pfizer e prevê entrega de 14 milhões de doses até junho, diz Guedes

De acordo com Guedes, Bolsonaro e ministros participaram de uma reunião com a cúpula mundial da Pfizer. Entretanto, a assinatura do contrato ainda não foi formalizada

Paulo Guedes: Quem tem auxílio emergencial precisa sair para trabalhar, diz ministro (Adriano Machado/Reuters)
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Reuters

Publicado em 8 de março de 2021 às 12h09.

Última atualização em 8 de março de 2021 às 15h38.

O governo Bolsonarofechou um acordo com a Pfizer que prevê a entrega de 14 milhões de doses de vacina contra Covid-19 da farmacêutica americana até junho, sendo que haverá uma antecipação de 5 milhões de doses do laboratório neste período, afirmou o ministro da Economia, Paulo Guedes , em rápida entrevista no Palácio do Planalto.

Guedes participou de reunião do presidente Jair Bolsonaro e ministros com a cúpula mundial do laboratório no Palácio do Planalto, na qual, pelas palavras de Guedes, houve um acerto para que a Pfizer aumentasse a oferta de imunizantes para o Brasil. A assinatura do contrato, entretanto, ainda não foi formalizada.

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Anteriormente, a proposta da Pfizer previa entregar 2 milhões de doses em maio e 7 milhões em junho. Com a antecipação de 5 milhões, o total até junho passou a 14 milhões.

Após a entrega das 14 milhões, a Pfizer deve entregar ao menos mais 10 milhões de doses por mês de julho a outubro, disse o assessor especial do Ministério da Saúde Airton Soligo. O total de doses a serem entregues previsto no acordo não foi informado por Guedes e Soligo, mas inicialmente a negociação do governo com a Pfizer envolvia 100 milhões de doses da vacina neste ano.

Guedes, no entanto, afirmou que o laboratório vai aumentar a produção diária de doses de 1,5 milhão para 5 milhões e, dessa forma, vai permitir elevar a entrega ao Brasil.

Para o ministro, a "vacinação em massa é a primeira prioridade do governo" e o governo quer "vacinar e manter a economia em movimento".

"Nossa grande luta é antecipar, grande guerra, como a economia e a saúde andam juntas, é antecipar a vacinação em massa, então todo o esforço é para antecipar e o nosso pedido calou fundo a Pfizer, pedido do presidente Bolsonaro calou fundo a Pfizer, e nós conseguimos uma praticamente uma declaração de que o acordo está fechado", disse Guedes.

Até o momento, a Pfizer é o único laboratório que teve registro definitivo de vacina contra Covid-19 autorizado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o que, em tese, permitiria a imunização em massa da população brasileira.

Por ora, o país tem usado vacinas da AstraZeneca-Oxford e a CoronaVac, do Instituto Butantan, para vacinação de grupos prioritários como idosos e profissionais de saúde, pois elas só receberam aval para uso emergencial da Anvisa.

O anúncio feito por Guedes ocorre no momento em que governadores, prefeitos e parlamentares pressionam o governo federal a acelerar a vacinação do país diante de recordes recentes de número de casos e mortes por Covid-19, em meio à circulação de variantes do vírus.

Até o momento, o Brasil vacinou menos de 4% da sua população.

OLHO NO FUTURO

Guedes foi questionado sobre o motivo de o país não ter fechado um acordo ainda no ano passado com a Pfizer, medida essa que permitiria uma eventual antecipação no recebimento de vacinas.

O ministro afirmou que, durante a negociação anterior, "claramente" houve problema de escala por não haver sentido se oferecer, segundo ele, 200 mil doses ao Brasil.

Na realidade, a Pfizer inicialmente procurou o governo brasileiro em agosto com oferta de 70 milhões de doses, que não foi sequer respondida. Quando finalmente abriu negociações com a farmacêutica, no final do ano passado, o governo recebeu uma oferta de 500 mil doses ainda em dezembro, em um total de 70 milhões.

"O Brasil pedia escala (maior produção) e eles pediam exigências", disse Guedes, referindo-se a dificuldades de fechamento do acordo com o laboratório principalmente sobre a isenção de responsabilidade da Pfizer por eventuais efeitos adversos do uso da vacina no país.

Bolsonaro chegou a criticar publicamente o laboratório em razão das exigências.

"Temos que olhar para frente, temos que acabar com narrativa de guerra, de destruição. Brasil vai de novo dar uma resposta à altura da crise", destacou Guedes

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