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Governo exonera chefe de Inteligência da Receita, que auxilia na Lava Jato

Ricardo Pereira Feitosa chefiou a Coordenação-geral de Pesquisa e Investigação por quatro meses; decisão acontece semanas após demissão de Cintra

Copei: o órgão é responsável pelas atividades de Inteligência Fiscal (Receita Federal/Divulgação)

Copei: o órgão é responsável pelas atividades de Inteligência Fiscal (Receita Federal/Divulgação)

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Clara Cerioni

Publicado em 24 de setembro de 2019 às 14h13.

São Paulo — O governo Bolsonaro exonerou o chefe da Coordenação-geral de Pesquisa e Investigação (Copei) da Receita Federal, Ricardo Pereira Feitosa. 

A decisão, assinada por José de Assis Ferraz Neto, secretário interino da Receita, foi publicada no Diário Oficial da União desta terça-feira (24). Essa é a primeira mudança na instituição desde a demissão do ex-secretário Marcos Cintra.

A portaria diz que o funcionário foi demitido pelo que consta no dossiê 10030.000775/0919-67, mas não aponta nenhum detalhe para o ato.

(Diário Oficial da União/Reprodução)

Ex-militar, que anteriormente atuava na Delegacia da Receita Federal do Brasil em Cuiabá (MT), Feitosa ficou no cargo quatro meses. Sua nomeação foi alvo de críticas por ele nunca ter trabalhado na área de inteligência.

De acordo com o site da Receita, a Copei é o órgão responsável pelas atividades de Inteligência Fiscal, tendo como principais atribuições a análise, a produção e a difusão de conhecimentos de inteligência fiscal e o desenvolvimento de investigações em cooperação técnica com outros órgãos (Polícia Federal, Ministério Público Federal e Poder Judiciário).

Além disso, também atua no combate a crimes, fraudes e ilícitos tributários e aduaneiros, à lavagem e ocultação de bens, direitos e valores, ao terrorismo, ao tráfico ilícito de entorpecentes e drogas, às fraudes à execução fiscal, e a outros ilícitos praticado contra a administração pública federal, ou em detrimento da fazenda nacional. Desde 2014, o órgão também auxilia nas operações da Lava Jato.

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